Resumen

Este artigo apresenta ações formativas desenvolvidas em tempos de ensino remoto para aproximar licenciandos em matemática da sala de aula da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Mostra algumas possibilidades de efetivação de atividades de estágio supervisionado, destacando aspectos do planejamento, da implementação, da aprendizagem de estudantes e da apreciação da disciplina em si. Além disso, evidencia (re)configurações curriculares realizadas no plano de ensino da disciplina para desenvolvê-la por meio de atividades pedagógicas não presenciais (APNPs). Desse modo, busca mostrar o papel das lives, dos textos e dos contextos para a concretização desta etapa formativa e procura materializar a perspectiva da professora formadora que buscou, no limiar de sua proposta metodológica de estágio supervisionado, promover aprendizagens da docência para futuros professores de matemática. Considera que a compreensão do contexto de uma sala de aula da EJA; o conhecimento do perfil de estudantes (jovem, adulto e idoso); a sensibilidade docente para definir conteúdos matemáticos a serem trabalhados nas turmas de EJA, para atender aos diferentes perfis e interesses formativos e a reflexão sobre as metodologias de ensino, são alguns dos principais resultados obtidos. Ademais, este relato de experiência evidencia algumas contribuições para professores de matemática em exercício na EJA, professores formadores que lecionam disciplinas de estágio supervisionado curricular e futuros professores de matemática; quando possibilita, respectivamente, a partilha de suas práxis e reflexões acerca delas, o planejamento flexível, as discussões coletivas, a avaliação da aprendizagem e da disciplina em si e o conhecimento organizacional das turmas de EJA.