A classificação matemática do filósofo Francis Bacon
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Godoy, Kleyton, Teixeira, Marcos y Leite, Douglas
Resumen
Neste artigo abordamos a classificação das ciências matemáticas do filósofo Francis Bacon (1561-1626), presente nas obras “The Advancement of Learnings” (1605) e “De Dignitate et Augmentis Scientiarum” (1623). Em ambas publicações, a Matemática é classificada como uma ciência pertencente à metafísica, que está inserida nas ciências naturais, que é uma parte da filosofia natural, dentro da filosofia. Apresentaremos um breve panorama da filosofia baconiana e mostraremos que a Matemática foi dividida em pura” (aritmética e geometria) e “mista” perspectiva, música, astronomia, cosmografia, arquitetura e engenharia). Por fim, trazemos algumas considerações das origens e inspirações da expressão “matemática mista” e concluímos que parece ter havido duas fases de Francis Bacon com relação à Matemática: a primeira associada à metafísica (1605) e a segunda relacionada à física (1623).
Fecha
2021
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Desde disciplinas académicas | Evolución histórica de conceptos | Números naturales | Operaciones aritméticas | Otro (fundamentos)
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
16
Rango páginas (artículo)
1-26
ISSN
19811322
Referencias
Aristóteles. (1928). Posterior Analytics. Translated by G. R. G. Mure. Oxford: Clarendon Press. Bacon, F. (1623,1638). De dignitate et Augmentis Scientiarum. Qui est Instaurationes Magnae Pars prima. Typis Ioh Haviland: Londres. Bacon, F. (2007). O progresso do conhecimento. Tradução, apresentação e notas Raul Filker. São Paulo: Editora Unesp. Bertato, F. M. (2010). A “De Divina Proportione” de Luca Pacioli. Tradução anotada e comentada. Coleção CLE, v. 56. Campinas: UNICAMP. Bromberg, C. (2011). Identificando Parâmetros para as Classificações das Ciências Liberais e Mecânicas no Renascimento Italiano. In: Anais do Congresso Scientiarum Historia IV. Rio de Janeiro: IV HCTE-UFRJ, p.184-190. Brown, G. (1991). The Evolution of the Term “Mixed Mathematics”. Journal of the History of Ideas 52: 81-102. Burke, P. (2003). Uma história social do conhecimento de Gutenberg a Diderot. Tradução de Plínio Dentzien – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Darnton, R. (1986) O grande massacre dos gatos, e outros episódios da História Cultural francesa. Tradução de Sonia Coutinho - Rio de Janeiro, RJ: Graal. Dear, P. (2001). Revolutionizing the Sciences: European Knowledge and Its Ambitions, 1500-1700. Wales: Creative Print & Design. Diderot, D; D'alembert, J. R. (2015). Enciclopédia, ou Dicionário razoado das ciências, das artes e dos ofícios. Volume 1: Discurso preliminar e outros textos / Denis Diderot, Jean le Ronde D'Alembert; organização e tradução Pedro Paulo Pimenta, Maria das Graças de Souza – 1 ed – São Paulo, SP: Editora Unesp. Hacking, I. (2014). Why is there Philosophy of Mathematics at all? Cambridge: UK, Cambridge University Press. Japiassú, H. Marcondes, D. (2001). Dicionário Básico de Filosofia. Editora: Zahar, Rio de Janeiro. Kawajiri, N. (1979). Francis Bacon´s View of Mathematics – Bacon concept of Mixed Mathematics. Proceedings of the Faculty of Science – Vol. XV. Tokai University. Leitão, H. (2004). O Livro Científico Antigo dos séculos XV e XVI. Ciências físico- matemática na biblioteca Nacional. Lisboa: Biblioteca nacional. Losee, J. (1979). Introdução Histórica à Filosofia da Ciência. Volume 5: tradução Borisas Cimbleris – Belo Horizonte, MG: Editora Itatiaia. Oliveira, Z. V. (2015). A classificação das disciplinas matemáticas e a Mathesis Universalis nos séculos XVI e XVII: um estudo do pensamento de Adriaan van Roomen. 193f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. Recuperado de: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/132137 Rossi, P. (1992). A ciência e a filosofia dos modernos: aspectos da Revolução Científica. Tradução: Álvaro Lorencini – São Paulo: Editora UNESP. Sales, R. (2016). Classificações bibliográficas e classificações arquivísticas: diferenças e semelhanças na organização do conhecimento. In: Scire, vol. 22, p.65-77. Sales, R. (2017). A classificação de Livros de William Torrey Harris: influências de Bacon e Hegel nas classificações de biblioteca. In: Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e a ciência da informação, vol. 22, n. 50, p.188-204. Schuster, J. A. (2012). Physico-Mathematics and the Search for Causes in Descartes’ Optics – 1618-33. New York-London: Springer Dordrecht Heidelberg. Shirayama, C. M. (2016). Francis Bacon e O Progresso do Conhecimento no Início Século XVII. 89f. Dissertação (Mestrado em Estudos Culturais) – Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. Recuperado de: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100135/tde-10102016-182510/pt- br.php Van Roomen, A. (1591). Ouranographia sive caeli descriptio. Antuérpia: Johannes van Keerbergen. Weisheipl, J. A. (1965). Classification of Sciences in Medieval Thought. In: Mediaeval Studies, vol. 27, 54-90. Zaterka, L. (2012). As teorias da matéria de Francis Bacon e Robert Boyle: forma, textura e atividade. In: Scientiae Studia, São Paulo, v. 10, n. 4, p.681-709.