A emergência das matemáticas e a decolonização do pensamento científico do lado de cá
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Severino, João y Alves, Adailton
Resumen
Esse texto organiza algumas reflexões, com as quais temos nos empenhado, em resposta a questões que nos interpelam, desde que iniciamos nossa atuação acadêmica, no universo dos conhecimentos de povos culturalmente distintos. Mais especificamente, no universo dos conhecimentos de povos indígenas. Nos debruçamos sobre a questão: Se defendemos que os indígenas devem produzir, praticar e teorizar seus conhecimentos a partir de narrativas próprias, condizentes com sua visão de mundo e seu modelo de pensamento, e que, nossa principal e primeira função como educadores é propiciar as condições para a existência de espaços comunicativos transculturalmente compartilhados, por que razão continuamos a nos submeter, de maneira acrítica, aos cânones acadêmico científicos do norte, reproduzindo em nossas Universidades e Programas a visão de verdade científica, condicionada ao método, ao modelo e às línguas difundidas e impostas pelos colonizadores? Nossa tentativa foi de produzir um texto que organizasse alguns pressupostos, os quais, acreditamos, argumentam na construção de um campo discursivo em favor da existência das múltiplas matemáticas e, ao caracterizá-las em alguns dos diferentes cenários dos quais emergem, avançarmos um pouco mais a conversa sobre o Programa Etnomatemática e a necessidade da descentralização do pensamento científico global.
Fecha
2023
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Desarrollo del profesor | Etnomatemática | Pensamientos matemáticos | Reflexión sobre la enseñanza | Situado sociocultural
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
DOI
10.37001/remat25269062v20id787
Usuario
Referencias
CERTEAU, M. de. A Invenção do Cotidiano – arte de fazer. Tradução de Ephraim Ferreira Alves. – Petrópolis, RJ: Editora Vozes – 13ª Edição, 2007. BRANDÃO, C. Somos as Águas Puras: o pensamento aborígene sobre o mundo e o seu destino. Santiago de Compostela - Primeros Encontros Galicia América, 1992. A emergência das matemáticas e a decolonização do pensamento científico do lado de cá Revista de Educação Matemática (REMat), São Paulo (SP), v.20, Edição Especial: Filosofias e Educações Matemáticas, p.1-18, e023073, 2023, eISSN: 2526-9062 DOI: 10.37001/remat25269062v20id787 Sociedade Brasileira de Educação Matemática – Regional São Paulo (SBEM-SP) 18 D'AMBROSIO, B. e LOPES, C. Insubordinação Criativa: um convite à reinvenção do educador matemático. Bolema: Boletim de Educação Matemática. Rio Claro (SP), v. 29, n. 51, p. 1-17, abr. 2015. Acessado em 29/11/2022: https://doi.org/10.1590/1980- 4415v29n51a01 D’AMBROSIO, U. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Educação e Pesquisa. V. 31(1), 99-120, 2005. D’AMBROSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. ELIAS, N. Sobre o tempo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor,1998. GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008. LEFF, E. Saber Ambiental: Sustentabilidade, Racionalidade, Complexidade, Poder. Petrópolis: Vozes/PNUMA, 2002. LINS, R. C. Por que discutir teoria do conhecimento é relevante para a Educação Matemática. In: Bicudo, M. A. V. (Org.). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas. (pp. 75-94) São Paulo: Editora da UNESP, 1999. LINS, R. C. O Modelo dos Campos Semânticos: estabelecimentos e notas de teorizações. In: ANGELO, C. L. [et al.] (Orgs.). Modelo dos Campos Semânticos e Educação Matemática: 20 anos de história. (pp. 11-30). São Paulo: Midiograf, 2012. SANTOS, B. de S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Revista crítica de ciências sociais, Coimbra, 2007. Acessado em: 19/01/2022. Disponível em: http://www.boaventuradesousasantos.pt/pages/pt/artigos-em-revistascientificas.php. SEVERINO-FILHO, J. Marcadores de Tempo Indígenas: educação ambiental e etnomatemática. Cáceres: UNEMAT. Dissertação de Mestrado em Ciências Ambientais. Cáceres: Universidade do Estado de Mato Grosso, 2010. SEVERINO-FILHO, J. Marcadores de Tempo Apyãwa: a solidariedade entre os povos e o ambiente que habitam. Tese de doutorado em Educação Matemática. Rio Claro: Universidade Estadual Paulista, 2015. Acessado em: 29/11/2022. Disponível em de: http://hdl.handle.net/11449/134038. SEVERINO-FILHO, J. e SILVA, A. A. Por teorias indígenas do conhecimento: a sala de aula como um espaço comunicativo transcultural. In: MATTOS, Sandra Maria Nascimento de; MATTOS, José Roberto Linhares de; SILVA, Romaro Antonio. (Organizadores). Interfaces Educativas e Cotidianas: povos indígenas. 1 ed. Macapá: EDIFAP, 2021, 304p. (Coleção Povos Tradicionais; v. 2). Disponível em: https://ifap.edu.br/index.php/publicacoes/item/3409-interfaces-educativas-e-cotidianaspovos-indigenas
Proyectos
Cantidad de páginas
18