Alfabetização matemática realmente crítica
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Wagner, Guilherme y Silveira, Everaldo
Resumen
Este será um típico artigo de filosofia da educação matemática em que apresentaremos resultados parciais de uma pesquisa intitulada “O Ser da Modelagem em Educação Matemática: fundamentos crítico-ontológicos”. Nele procuraremos refletir sobre algumas questões pertinentes ao campo da educação matemática Crítica, especialmente, três conceitos que são extremamente caros e importantes ao campo: alfabetização matemática, realidade e crítica. Nessa direção, a partir da metateoria bhaskariana e do referencial teórico marxista-lukásciano são empregadas reflexões que culminam na defesa de que uma alfabetização matemática crítica de fato é aquela que estiver tomado o real em primazia à cognição, o ontológico em primazia ao gnosiológico. Nessa defesa, o artigo discute o trabalho como conceito abstrato que vincula a possibilidade de um pôr teleológico em conjunto com as relações de causalidade da realidade, isto é, é a partir do conceito de trabalho que é possível estabelecer uma prática de alfabetização matemática realmente crítica. Assim, culminamos com a defesa de que uma alfabetização realmente crítica seja aquela que tome o ontológico em primazia ao gnosiológico, e para isso o trabalho é categoria fundamental.
Fecha
2020
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Competencias | Modelización | Otro (fundamentos) | Reflexión sobre la enseñanza
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
10
Número
2
Rango páginas (artículo)
70-88
ISSN
22382380
Referencias
ALEKSANDROV, A.D.; KOLMOGOROV, A.N. & LAVRENT, M.A. Mathematics: its contents, methods and meanings. Massachusetts: MIT Press, 1965. ÁVILA, A. B. Pós-graduação em educação física e as tendências na produção do conhecimento: o debate entre realismo e antirrealismo. Tese (Doutorado em Educação)- Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008. BHASKAR, R. A realist theory of science. New York: Routledge, 2008. BHASKAR, R. The Possibility of Naturalism: A Philosophical Critique of the Contemporary Human Sciences. New York: Routledge, 1998. DUARTE, N. A pesquisa e a formação de intelectuais críticos na pós-graduação em Educação. Perspectiva, v. 24, n. 1, p. 89-110, 2006. DUAYER, M. Economia depois do relativismo: crítica ontológica ou ceticismo instrumental? In: ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA POLÍTICA, 8., 2003, Florianópolis. Anais... Uberlândia: SEP, p. 1-20, 2003. ERNEST, P. The Philosophy of Mathematics Education: An Overview. In: The Philosophy of Mathematics Education Today. Springer, Cham, 2018. p. 13-35. FEENBERG, A. Racionalização subversiva: tecnologia, poder e democracia. A teoria crítica de Andrew Feenberg: racionalização democrática poder e tecnologia, v. 1, p. 67-95, 2010. FEENBERG, A. Transformar la tecnología. Una nueva visita a la teoría crítica. Bernal: UNQ, 2012. FONSECA, M. C. F.R. Alfabetização Matemática. In: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Caderno de Apresentação Brasília: MEC/SEB, 2014. GOLDNER, L. “French Politics and Society.” French Politics and Society, vol. 12, no. 1, disponível em , 1994. HARVEY, D. Condição pós-moderna: uma pesquisa sobre as origens da mudança social. São Paulo: Edições Loyola, 1993. HEIDEGGER, M. Ser e tempo (1927), Partes I e II, tradução de Marcia Sá Cavalcante Schuback, Petrópolis: Vozes, 2002. [Sein und Zeit, Frankfurt am Main: Vittorio Klostermann, 1977.] KOPNIN, P. V. A dialética como lógica e teoria do conhecimento. Editora Civilização Brasileira, 1978. KOSIK, K. Dialética do concreto. Editora Paz e Terra, 1976. LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social vol 1. São Paulo: Boitempo Editorial, 2012. LUKÁCS, G. Para uma ontologia do ser social vol 2. São Paulo: Boitempo Editorial, 2012. MARCUSE, H. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. 6. ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1982. MARX, K.; ENGELS, F. O Manifesto Comunista. São Paulo: Boitempo Editorial, 1998. MARX, K. O Capital. Livro 1. São Paulo: Editora Difel, 1982. MORAES, M. C. M. A teoria tem consequências: indagações sobre o conhecimento no campo da educação. Educação & Sociedade, v. 30, n. 107, p. 585-607, 2009. MORAES, M. C. M. Recuo da teoria: dilemas na pesquisa em educação. Revista Portuguesa de educação, v. 14, n. 1, p. 07-25, 2001. SAVIANI, D. Ensino público e algumas falas sobre universidade. São Paulo: Cortez Editora, 1984. SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica primeiras aproximações. São Paulo: Autores Associados, 2008. SILVEIRA, E. A modelagem em educação matemática na perspectiva CTS. (Tese de Doutorado) Florianópolis: Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica, UFSC, 2014. SILVEIRA, E.; WAGNER, G. Tecnologia E Os Modelos Matemáticos: Reflexões Crítico- Ontológicas. VIDYA, v. 37, n. 1, p. 91-108, 2017. SKOVSMOSE, O. Educação Crítica: incerteza, matemática, responsabilidade. São Paulo: Cortez Editora, 2007. SKOVSMOSE, O. Hacia una filosofía de la educación matemática crítica. Bogotá: una empresa docente, 1999. STRUIK, Dirk Jan. História concisa das matemáticas. Lisboa: Gradiva, 1989. VASCONCELOS, J.A. O que é desconstrução?. Revista de Filosofia, Curitiba, v. 15 n.17, p. 73- 78, jul./dez, 2003. WAGNER, G.; SILVEIRA, E. Reflexões Ontológicas em Educação Matemática: Heidegger e a perspectiva da Educação Matemática Crítica. Revista de Educação, Ciências e Matemática, v. 7, n. 2, 2017.