Desenvolvimento conceitual do aluno surdo na resolução de problemas aditivos: uma avaliação diagnóstica
Tipo de documento
Lista de autores
Geller, Marlise y Rodrigues, Rosiane da Silva
Resumen
O artigo apresenta um recorte de uma tese de doutorado desenvolvida junto ao LEI (Laboratório de Estudos de Inclusão) no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Luterana do Brasil. A investigação, realizada em uma instituição especializada na educação de surdos, busca compreender os diferentes fatores que permeiam o processo de resolução de problemas aditivos por alunos surdos do Ensino Fundamental. Este recorte baseia-se em uma avaliação diagnóstica com uma turma de 3º e 4º ano do Ensino Fundamental (em um total de 7 alunos), junto aos quais foram propostas resoluções de diferentes problemas aditivos classificados e analisados a partir da teoria dos campos conceituais proposta por Vergnaud (2009). A análise aponta indícios envolvendo diversas variáveis. Em relação à resolução dos diferentes tipos de problemas, os alunos demonstraram fortemente esquemas de ação de juntar e separar. No que se refere à apresentação do problema, o português escrito mostrou-se ineficaz, enquanto a Libras – Língua Brasileira de Sinais, essencial. A apresentação do enunciado do problema em Libras não foi suficiente para o entendimento de todos os problemas propostos, necessitando então de uma explicação mais aprofundada do contexto do problema. Conclui-se inferindo a importância de que no ensino de alunos surdos se contemple a comunicação por meio de Libras e a avaliação do desenvolvimento conceitual do aluno.
Fecha
2018
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Adición | Diagnóstico | Discapacidad sensorial o física | Resolución de problemas | Sustracción
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Formación en posgrado
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Usuario
Referencias
ALBRES, N. A.; SARUTA, M. V. Programa curricular de Língua Brasileira de Sinais para Surdos. São Paulo: IST, 2012. Disponível em: . Acesso em: 09 de abr. 2017. ANSELL, E.; PAGLIARO, C. M. The relative difficulty of signed arithmetic story problems for primary level deaf and hard-of-hearing students. Journal of Deaf Studies and Deaf Education, v.9, p.153-170, 2006. BASTOS, F. da P.; PEREIRA, V. L. B. Investigaçãoação escolar: situação-problema na aprendizagem de conceitos matemáticos por alunos surdos. In: Espaço: informativo técnico-científico do INES, Rio de Janeiro, n.31, jan./jun. 2009, p.44-52. BAVELIER, D. et al. Visual attention to the periphery is enhanced in congenitally deaf individuals. Journal of Neuroscience, n.20, p.1-6, 2000. BOGDAN, R ; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto, 1994. EMMOREY, K.; KOSSLYN, S. Enhanced image generation abilities in deaf signers: A right hemisphere effect. Brain and Cognition, n.32, p.28- 44, 1996. GESSER, A. Libras? Que língua é essa?: crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. GIL; A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2008. GREGORY, S. Young deaf children and their families. Cambridge, Mass.: Cambridge University Press, 1995. LEYBAERT, J.; VAN CUTSEM, M. N. Counting sign language. Journal of Experimental Child Psychology, n. 81, p.482-501, 2002. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MAGINA, S. et al. Repensando adição e subtração: contribuições da teoria dos campos conceituais. São Paulo: PROEM, 2008. MARSCHARK, M. et al. Organization and use of the mental lexicon by deaf and hearing individuals. American Annals of the Deaf, n.149, p.51- 61, 2004. MIRANDA, C. J. A.; MIRANDA, T. L. M. O ensino de matemática para alunos surdos: Quais os desafios que o professor enfrenta? Revista Eletrônica de Educação Matemática. v.6(1), p.31-46, 2011. Disponível em: . Acesso em: 7 jun. de 2017. NUNES, et al. Educação Matemática 1: números e operações numéricas. São Paulo: Cortez, 2005. NUNES, T. Teaching mathematics to deaf children. London: British Library, 2004. RETTENBACK, R.; DILLER, G.; SIRETEAUNU, R. Do deaf people see better? Texture segmentation and visual search compensate in adult but not in juvenile subjects. Journal of Cognitive Neuroscience, n.11, p.560-583, 1999. SALES, E. R. Refletir no silêncio: um estudo das aprendizagens na resolução de problemas aditivos com alunos surdos e pesquisadores ouvintes. Belém: 2008. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemática). Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica, Universidade Federal do Pará, 2008. SALES, E. R. A imagem no ambiente logo enquanto elemento facilitador da aprendizagem com crianças surdas. 2004. 65f. Monografia (Especialização em Informática Educativa), Centro de Ciências Humanas e Educação, Universidade da Amazônia, Belém, 2004. TRAXLER, C. B. The Stanford achievement test, 9th Edition: National norming and performance standards for deaf and hard-of-hearing students. Journal of Deaf Studies and Deaf Education, n. 5, p.337-348, 2000. TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987. VERGNAUD, G. A criança, a matemática e a realidade: problemas do ensino da matemática na escola elementar. Curitiba: Editora da UFPR, 2009. VERGNAUD, G. Le moniteur de mathématique. Paris: Éditions Nathan, 1996.