Habilidades visuoespaciais na aprendizagem matemática: o que revelam os estudos do cérebro?
Tipo de documento
Lista de autores
Carvalho, Edmo Fernandes, da Fonseca, Laerte da Silva, Kleyfton y da Silva, Luciano.
Resumen
O objetivo primordial desta pesquisa é apresentar aos leitores algumas ponderações acerca das habilidades visuoespaciais na aprendizagem matemática, destacando os achados mais recente revelados por meio de estudos relacionados ao cérebro humano, principalmente, até a fase da adolescência. A motivação foi mobilizada pela prática docente dos autores sempre que observavam em seus alunos do Ensino Médio algum tipo de dificuldade para manipular mentalmente as representações de figuras espaciais, seja na matemática ou na química. Adotou-se uma metodologia mista de investigação (campo e bibliográfica) a fim de analisar os dados da literatura e confrontá-los com a realidade. Verificou-se que as habilidades visuoespaciais na aprendizagem de geometria espacial, especificamente, requisita elementos invisíveis aos professores e aos próprios alunos, pois manipular mentalmente as rotações, translações, reflexão, inversão e/ou transformação de figuras tridimensionais exige ativação de específicas regiões corticais, sobretudo, as estruturas abrigadas pelo córtex occipital, responsável pela percepção e controle visual de cores, formas e tamanho, bem como pelo córtex parietal, especializado na decodificação de espacial do estímulo. Por fim, apontaram-se algumas sugestões para que tal habilidade seja, gradativamente, desenvolvida até que o aluno seja capaz de manipular objetos não visualizados ou não manipuláveis. O cubo mágico representa uma dessas possibilidades para que as aulas de geometria espacial possam auxiliar no amadurecimento das capacidades mentais salientadas nesse estudo, ao mesmo tempo em que reduz o sofrimento ou ansiedade dos alunos quando não conseguem compreender uma perspectiva isométrica de um cubo, por exemplo.
Fecha
2019
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Desarrollo del profesor | Dificultades | Documental | Medios audiovisuales | Relaciones geométricas | Transformaciones geométricas
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Usuario
Referencias
BERNARDES, W. C. Objetos digitais de aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades espaciais: um estudo de caso no 6º ano do Ensino Fundamental. 2014. 110 p. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática) – Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014. BUSHNELL, E. W.; BOUDREAU, J. P. Motor Development and the Mind: The Potential Role of Motor Abilities as a Determinant of Aspects of Perceptual Development. Child Development, 64, 1005-1021, 1993. CALIA, G. C. Cérebro e Funções Cognitivas, 2014. Disponível em: https://pt.slideshare.net/GiseleCalia/crebro-e-funes-cognitivas. Acesso em: 15 março 2019. CAMARGO, C. H. P.; CID, C. G. Habilidade Viso-Espaciais. In O.V Forlenza e P. Caramelli (Ed.), Neuropsiquiatria Geriátrica. São Paulo: Atheneu. p.531-537, 2000. CHAN, W. W. L.; WONG, T. T. Visuospatial pathways to mathematical achievement. Learning and Instruction, v. 62, p. 11-19, 2019. COVRE, P. et al. Movimentos oculares e padrões de busca visual em tarefas de rotação mental. Psico-USF (Impr.), Itatiba , v. 10, n. 1, p. 41-49, 2005. DASSEN, R.; FUSTIONI, O. Sistema Nervioso. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1955. FONSECA, L. S. Ensaios de Educação Matemática no Ensino Médio. Aracaju: Info Graphics, 2008. FONSECA, L. S. da. Um estudo sobre o Ensino de Funções Trigonométricas no Ensino Médio e no Ensino Superior no Brasil e França. 2015, 1v. 495p. Tese de Doutorado. Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo (SP). Université Claude Bernard Lyon 1, Lyon (FR). GALERA, C.; GARCIA, R. B.; VASQUES, R. Componentes funcionais da memória visuoespacial. Estudos Avançado, v. 27, n 77, 2013. GOMES, C. M. A.; BORGES, O. N. Propriedades psicométricas do conjunto de testes da habilidade visuo espacial. Psico-USF, v. 14, n. 1, p. 19-34, 2009. HAWES, Z. et al. Relations between numerical, spatial, and executive function skills and mathematics achievement: A latent-variable approach. Cognitive Psychology, v. 109, p. 68-90, 2019. HERCULANO-HOUZEL, S. Fique de bem com seu cérebro. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2007. LI, Y., GEARY, D. C. Children's visuospatial memory predicts mathematics achievement through early adolescence. PLoS ONE, v.12, n. 2, 2017. OLIVA, E. N. de O. O desenvolvimento do pensamento espacial e a cognição incorporada: novas perspectivas para o ensino de ciências e matemática. 2018. 116 p. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Instituto de Física, Universidade de são Paulo, São Paulo, 2018. PAPALIA, D. E. Desenvolvimento humano. São Paulo: McGraw-Hill, 2009. PESTANA, M. B. Memória de trabalho visuoespacial e posicionamento do pé no início do andar em pacientes com doença de Parkinson. Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista: Rio Claro, 2018. PORTELLA, M. (org.). Estratégias de Treinamento em Habilidades Sociais. CPAF-RJ: Rio de Janeiro, 2011. QUENTAL, N. B. M. Funções visuoespaciais na doença de Alzheimer de intensidade leve – uso da bateria VOSP em nosso meio. Dissertação de Mestrado – USP: São Paulo, 2011. RAMOS, F. S.; GALLO, H. Geometria, meios expressivos e desenvolvimento cognitivo: Uma experiência com estudantes de Design. Estudos em design, v. 22, n. 1, p. 1-15, 2014. RITTLE-JOHNSON, B.; ZIPPERT, E. L., BOICE, K. L. The roles of patterning and spatial skills in early mathematics development. Early Childhood Research Quarterly, v. 46, p. 166-178, 2019. RODÁN, A. et al. Boys and girls gain in spatial, but not in mathematical ability after mental rotation training in primary education. Learning and Individual Differences, v. 70, p. 1-11, 2019. RONCATO, S.; SARTORI, G.; MASTERSON, J.; RUMIATI, R. Constructional apraxia: An information processing analysis. Cognitive Neuropsychology, v. 4, p. 113-129, 1987. SILVA, H. D. M. Validação da escala de avaliação da percepção visual com idosos. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Psicologia Social da UFP: João Pessoa, 2014. SOKOLOWSKI, H. M.; HAWES, Z.; LYONS, I. M. What explains sex differences in math anxiety? A closer look at the role of spatial processing. Cognition, v. 182, p. 193-212, 2019. TAKAZONO, P. S.; TEIXEIRA, L. A. Effect of association of imagery and physical practice on children’s motor learning. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum, Florianópolis , v. 20, n. 5, p. 363-372, 2018. ZHANG, Y. et al. Visual form perception supports approximate number system acuity and arithmetic fluency. Learning and Individual Differences, v. 71, p. 1-12, 2019. ZUCCOLO, P.; RZEZAK, P.; GÓIS, J. Praxia e visoconstrução. In: L. Malloy-Diniz, D. Fuentes, P. Mattos, & N. Abreu (Eds.), Avaliação neuropsicológica (p. 114-122). Porto Alegre: Artmed, 2010.