JOIAS DO ASÉ: Sobrevivência, transcendência e etnogeometria relacionados à sua produção na comunidade Casa do Boneco de Itacaré
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Ferreira, José y Neves-Rogére, Marcas
Resumen
As diferentes civilizações desenvolveram formas de contar, registrar, modelar, organizar suas coisas em conformidade com as demandas do cotidiano, estruturando saberes e tecnologias que caracterizaram sua etnomatemática. O presente artigo é um recorte da pesquisa realizada na comunidade Casa do Boneco de Itacaré, que resultou na dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Educação Matemática da UESC - PPGEM e teve por objetivo responder quais são os diferentes significados das Joias do Asé na perspectiva da Etnomatemática. Ancorados nos pressupostos do Programa de Pesquisa em Etnomatemática do professor Ubiratan D’Ambrosio e nos instrumentos metodológicos da Etnogeometria de Paulus Gerdes descrevemos o artefato, identificando elementos de um pensamento geométrico que constrói sua forma espacial refinada (curvas em hélice, trançadas e o helicoide) a partir de procedimentos que articulam formas planas comuns (circulares, faixas retangulares e triangulares). Ao descrevermos a maneira como esse pensamento geométrico se desenvolve na confecção dos colares detalhamos como se articulam malhas, movimentos e raciocínios sobre representações planas. Ao discutirmos os resultados com vistas a responder o problema de pesquisa, buscamos evidenciar a existência de um saber fazer matemático intimamente relacionado às práticas culturais daquela comunidade, vislumbramos elementos de sobrevivência e transcendência em suas atividades ancestrais.
Fecha
2017
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Revista
Revista Latinoamericana de Etnomatemática: Perspectivas Socioculturales de la Educación Matemática
Volumen
10
Número
3
Rango páginas (artículo)
59-77
ISSN
20115474
Referencias
Anton, H., Bivens, I., & Davis, S. (2007). Cálculo. Vol. II. 8ª Ed. Porto Alegre: Bookman. Braga, Julio. (1995). Na Gamela do Feitiço: Representação e resistência nos Candomblés da Bahia. UFBA. Salvador: EDUFBA. Carmo, S. S. (2012). Balangandãs: Joias de crioulas dos séculos XVIII e XIX e suas Ressignificações na contemporaneidade. (Dissertação de mestrado). Centro de Artes, Humanidades e Letras – Faculdade de Museologia. UFBA. Cachoeira. Casa do Boneco de Itacaré (2014, outubro, 19). Recuperado de: http://casadoboneco.blogspot.com.br/p/casado-boneco.html. Casa do Boneco de Itacaré (2010). Encarte Fazenda Quilombo D’Oiti – roteiros e produtos, turismo de base comunitária. Itacaré. Costa, I. H. (1995). Ifá – O Orixá do Destino: O jogo de ôpón e do Opêlê Ifá. São Paulo: Icone. Costa, W. N. G., & Silva, V. L. (2011). Matemática do negro do Brasil. Revista Scientific American Brasil . Etnomatemática. DUETTO. Edição Especial 35(02), 78-82, ISSN 1679522-9. Coulon, A. (1995). Etnometodologia; tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. Petrópolis: Vozes. D’Ambrosio, U. (1990). Etnomatemática – Arte ou técnica de explicar e conhecer. São Paulo: Ática. D’Ambrosio, U. (2005). Etnomatemática: O elo entre as tradições e a modernidade. 2ªed. 1ªreimp. Belo Horizonte: Autêntica. D’Ambrosio, U. (2008). O Programa Etnomatemática: uma síntese. Revista Acta Scientiae, 10(1), 7-16. Garfinkel, H. O. (1967). Que é etnometodologia? Tradução de A. Villela, Studies in ethnomethodology (pp. 1-341). Cambridge: Polity Press, 1996. Cap. 1. Gerdes, P. (1996). Etnomatemática e Educação Matemática: uma panorâmica geral. Revista Quadrante, 5(2), 5 - 36. Gerdes, P. (2011). Mulheres, Cultura e Geometria na África Austral: Sugestões para pesquisa. Maputo, Moçambique: LULU. Gerdes, P. (2012). Etnogeometria: Cultura e o despertar do pensamento geométrico. Sugestões para pesquisa. Maputo, Moçambique: LULU. Gerdes, P. (2014). Geometria Sona de Angola: estudos comparativos. Maputo, Moçambique: LULU. Kalenga, Múleka-ditoka Wa. (1989). Kissolo, modelo africano de máquina para predição e processamento de informações. (Tese Doutorado). Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo. Knijnik, G. (2004). Itinerários da Etnomatemática: questões e desafios, sobre o cultural, o social e o político na educação matemática. In G. Knijnik, F. Wanderer, & C. J. de Oliveira, (Orgs.). Etnomatemática, currículo e formação de professores (pp. 19–38). Santa Cruz do Sul: EDUNISC. Lody, R. (2010). Joias do Axé: fios de conta e outros adornos do corpo: a joalheria afrobrasileira. 2ª ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. Morin, E. (1996). O problema epistemológico da complexidade. Rio de Janeiro: Publicações Europa-América Morin , E. (2005). Ciência com consciência. Rio de janeiro: BERTLAND. Rosa, M., & Orey, D. C. (2010/2011). Ethnomathematics: the cultural aspects of mathematics. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 4(2), 32-54. Sangrini, M. (2009). Da fenomenologia à etnometodologia -Entrevista com Kenneth Liberman. Revista Scientiæ Studia, São Paulo, 7(4), 669-679. Santos, B. S. (2006). A Gramática do Tempo: A ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 2ª ed. São Paulo: Editora Cortez. Santos, B. S. (2010). Um discurso sobre as ciências na transição para uma ciência pósmoderna. Estudos avançado. São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141988000200007. Acessado em: 01 de julho de 2014. Watson, R., & Gastaldo, E. (2015). Etnometodologia e Análise da Conversa. Petrópolis: Vozes; Rio de Janeiro: PUC-Rio. Thomas, Jr., G. B., Weir, M. D., Hass, J. R., & Giordano, F. R. (2009). Cálculo. Vol. II. São Paulo: ADDISON WESLEY. Xavier, A. S., Malpasso, A., Bernardo, A.S.S., & Cevallos, R.D.L.P. (2014). Orunmilá como sistema complexo: Aplicação dos conceitos de complexidade e caos nos Jogos de Ifá. Anais do SIALA, 5(5), Salvador: UNEB.