A matemática no currículo das escolas indígenas: um desafio da Educação Matemática
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Lacerda, Neomar, Souza, María y de-Oliveira, Rachel
Resumen
Este estudo é uma reflexão acerca do “lugar” da matemática no currículo das escolas indígenas, ao considerar os anseios e demandas desses povos quanto à construção de um currículo que respeite e valorize as tradições do grupo, e teve por objetivo analisar o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. A abordagem metodológica consiste numa pesquisa qualitativa e, para tanto, utilizamos da análise documental, da qual emergiram como categorias de análise: o sentido do estudo da matemática indígena e da matemática não indígena; o caráter multicultural da matemática indígena; e os saberes matemáticos dos estudantes indígenas constituídos na vida em comunidade. A análise revelou que o ensino de matemática tal qual é proposto no currículo das escolas indígenas se sustenta pela situação de contato entre os índios e a sociedade mais ampla, e a necessidade da operacionalização de um currículo que respeite a multiculturalidade própria de cada grupo étnico.
Fecha
2017
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Currículo | Etnomatemática | Otro (métodos) | Reflexión sobre la enseñanza
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Revista
Revista Latinoamericana de Etnomatemática: Perspectivas Socioculturales de la Educación Matemática
Volumen
10
Número
3
Rango páginas (artículo)
149-166
ISSN
20115474
Referencias
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília.Recuperado em 21 fevereiro, 2017, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Brasil. (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Nº 9.394 de 1996. Brasília. Recuperado em 21 fevereiro, 2017, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm Brasil. (1998). Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. Ministério da Educação e Cultura do Brasil. Brasília. Recuperado em 21 fevereiro, 2017, de http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=26700 Brasil. (1999). Resolução CEB n. 3, 10 de novembro de 1999. Fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas indígenas e dá outras providências. Câmara de Educação Básica. Conselho Nacional de Educação. Brasília. Recuperado em 21 fevereiro, 2017, de http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb03_99.pdf D’Ambrosio. U. (2002). Etnomatemática: um enfoque antropológico da matemática e do ensino. In M, K, L, Ferreira. (Org.). Ideias matemáticas de povos culturalmente distintos (pp. 25-36). São Paulo: Global. D’Ambrosio. U. (2005). Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica. Davis, P. J., & Hersh, R. (1985). A experiência matemática. Rio de Janeiro: Francisco Alves. Frankenstein, M., & Powell, A. B. (1997). Ethnomathematics: challenging eurocentrismin mathematics education. New York: SUNY. Geertz, C. (2008). A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC. Knijnik, G. (1996). Exclusão e resistência: educação matemática e legitimidade cultural. Porto Alegre: Artes Médicas. Lüdke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU. Santos, B. S. (2006). A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez. Santos, B. S., & Meneses, M. P. (Orgs.). (2010). Epistemologias do Sul. São Paulo: Editora Cortez. Silva, M. F., & Azevedo, M. M. (1995). Pensando as Escolas dos Povos Indígenas no Brasil: o Movimento dos Professores Indígenas do Amazonas, Roraima e Acre. In A, Lopes da Silva, & L. D. B. Grupioni, A Temática Indígena na Escola (pp. 149-161). Brasília: MEC/MARI/UNESCO. Silva, T. T. (2005). Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. Todorov, T. (1993). Nós e os outros: a reflexão francesa sobre a diversidade humana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor. Thompson, J. B. (1995). Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis, RJ: Vozes.