Formação inicial do professor de matemática para escolas do campo: ‘olhares’ da comunidade campesina
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Auarek, Wagner Ahmad y Viseu, Floriano
Resumen
Estudos no campo da formação de professores apontam a reflexão como uma estratégia para lidar com a complexidade e a diversidade de situações que abarcam a ação docente. Trata-se de formar um profissional que seja capaz de desenvolver a prática docente em consonância com as demandas e a realidade do contexto social e cultural onde acontece a docência. Neste sentido, as Licenciaturas de Educação do Campo da Universidade Federal de Minas Gerais tem a sua estrutura curricular organizada em espaços e tempos de formação em regime de alternância. A proposta da formação por alternância suscita a imersão do licenciando na realidade das comunidades campesinas e de suas escolas com a intenção de percebê-la como espaço privilegiado e legítimo da sua ação de „ser‟ e „estar‟ como professor. Na execução do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o licenciando realiza um estudo e elabora uma proposta pedagógica sobre questões da comunidade em que se insere. Tendo como referência o TCC, procuramos identificar as percepções de duas licenciandas sobre os saberes produzidos na comunidade campesina na busca de explicação e significado de fenômenos que contatam no dia a dia. Adotando uma metodologia qualitativa e interpretativa, procuramos indicadores que ajudem a compreender novos „olhares‟ sobre o cotidiano da comunidade. Esses „novos‟ olhares mostram-se fundamentais na construção do perfil desses atores que serão os futuros professores de matemática nas escolas do campo e que podem levar a escola a ocupar um espaço político e propositivo na vida da comunidade. Este estudo aponta a necessidade de se avançar com a materialização do papel da escola campesina na prática docente.
Fecha
2017
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Culturales | Desarrollo del profesor | Inicial | Otro (diversidad) | Reflexión sobre la enseñanza | Sociopolíticos
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Educación superior, formación de pregrado, formación de grado
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
12
Número
2
Rango páginas (artículo)
247-261
ISSN
19811322
Referencias
ALARCÃO, I. (1996). Reflexão critica sobre o pensamento de D. Schön e os programas de formação de professores. In.: I. ALARCÃO (Org.), Formação reflexiva de Professores: Estratégias de Supervisão (pp. 9-39). Porto: Porto Editora. ALARCÃO, I. (1996). Ser professor reflexivo. In.: I. ALARCÃO (Org.), Formação reflexiva de Professores: Estratégias de Supervisão (pp. 171-189). Porto: Porto Editora. AMARAL, M. J., MOREIRA, M. A. & RIBEIRO, D. (1996). O papel do supervisor no desenvolvimento do professor reflexivo: estratégias de supervisão . In.: I. ALARCÃO (Org.), Formação reflexiva de Professores: Estratégias de Supervisão (pp. 89-119). Porto: Porto Editora. ANDRÉ, M., & AFONSO, E. D. (2000). Etnografia da prática escolas. Campinas: Papirus Editora. ARROYO, M. G. (2007). Políticas de formação de educadores(as) do campo. Caderno Cedes, 27(72), 157-176. ARROYO, M. G. (2008). Oficio de Mestre: imagem e auto-imagens. Petrópolis, RJ: Vozes. AUAREK, W. A & SILVA, P. S. (2017). Impacto do Curso de Especialização na prática pedagógica dos formadores em Ciências da Natureza e da Matemática. In: M. C. MOLINA, (Org.), Licenciaturas em Educação do Campo e o ensino de Ciências Naturais: Volume II, Brasilia, Edtora UNB. 239-256p D´AMBROSIO, U. (1990). Etnomatemática. São Paulo: Editora Ática. D´AMBROSIO, U. (2005). Etnomatemática: Elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Editora Autêntica. FANFANI, E. T. (2007). Consideraciones sociológicas sobre profesionalização docente. Educação e Sociedade, 99(28), 335-353. FERNANDES, B. M. (2006). Os campos da pesquisa em Educação do Campo: espaço e território como categorias essenciais. In: M. C. MOLINA, (Org.), Educação do Campo e Pesquisa: questões para reflexão (pp. 27-39). Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário. FIORENTINI, D. (2008). A pesquisa e a prática de formação de professores de Matemática em face das políticas públicas no Brasil. Bolema, 21(29), 43-70. FIORENTINI, D. & OLIVEIRA, A. T. C. C. (2013). O lugar das Matemáticas na licenciatura em Matemática: que matemáticas e que práticas formativas. Bolema, 27(47), 917-938. FREIRE, P. (2011). Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra. FREIRE, P. (1981). Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. GARCIA, C. M. (1999). Formação de Professores para a mudança educativa. Porto: Porto Editora. GARNICA, A. V. M. (2008). Um ensaio sobre as concepções de professores de Matemática: possibilidades metodológicas e um exercício de pesquisa. Educação e Pesquisa, 34(3), 495-510. KNIJNIK, G. (2001). Educação matemática, exclusão social e política do conhecimento. Bolema, 16(14), 12-28. LOPES, S. (2016). A prática pedagógica na educação do campo com foco na formação profissional. Acedido em 10 de setembro, 2016, de www.educonse.com.br/xcoloquio. MOLINA, M. C. (2014). Análises de Práticas contra-hegemônicas na formação de Educadores: reflexões a partir do Curso de Licenciatura em Educação do Campo. In: J. V. SOUZA et al. (Orgs.), O método dialético na pesquisa em educação. Editora Autores Associados (pp. 263-290), Campinas, SP. MOLINA, M. C. (2011). Desafios teóricos e práticos na execução das políticas pública de Educação do Campo. In: A. MUNARIM, S. BELTRAME, S. F. CONTE & Z. I. PEIXER (Orgs.), Educação do Campo: reflexões e perspectivas (pp. 103-121). Florianópolis: Insular. MOLINA, M. C. (2009). Possibilidades e limites de transformações das escolas do campo: reflexões suscitadas pela Licenciatura em Educação do Campo – UFMG. (Coleção Caminhos da Educação do Campo; 1) In: M. I. ANTUNES-ROCHA & A. A. MARTINS (Org.), Educação do Campo: desafios para a formação de professores. Belo Horizonte: Autêntica Editora. PIMENTA, S. G. & LIMA, M. S. L. (2006). Estágio e docência: diferentes concepções. Revista Poieis, 3(4), 5-24. PIMENTA, S. G. (Org.) (2005). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez. PONTE, J. P. (1994). O desenvolvimento profissional do professor de Matemática. Educação e Matemática, 31, 9-12 e 20. SCHÖN, D. (1992). Formar professores como profissionais reflexivos. In: A. NÓVOA (Coord.), Os professores e a sua Formação (pp. 77-91). Lisboa: Dom Quixote. VISEU, F. (2009). A formação do professor de Matemática, apoiado por um dispositivo de intervenção virtual no estágio pedagógico. Braga: CIEd, Universidade do Minho. ZEICHNER, K. M. (1993). A formação reflexiva de professores: Idéias e práticas. Lisboa: Educa. WENGER, E. (2001). Comunidades de práctica: aprendizaje, significado y identidad. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica.