Cálculo mental e ensino de aritmética em escolas da Cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
dos-Santos, Flávia
Resumen
O cálculo mental vem sendo considerado um recurso didático valorizado no Brasil, mais especialmente a partir de 1990, com a publicação de documentos que reforçaram sua importância para o ensino da Matemática na escola básica. Entretanto, sugestões para sua utilização já estavam presentes em recomendações curriculares para a escola primária e a secundária desde o século XIX. Incorporado a orientações para a aritmética, o cálculo mental aparece na esteira das propostas de renovação do ensino juntamente com as ideias do método intuitivo, a partir da década de 1870. Neste texto, tem-se como objetivo investigar de que forma o cálculo mental esteve presente nas prescrições para o ensino de aritmética e de que forma foi implementado na prática dos professores em escolas da cidade do Rio de Janeiro. Pretende-se destacar a importância do cálculo mental no ensino de aritmética nos últimos anos do século XIX em documentos oficiais e como o cálculo mental era apresentado em obras didáticas, programas e materiais de ensino.
Fecha
2019
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Cálculo mental | Historia de la Educación Matemática | Operaciones aritméticas
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
33
Número
63
Rango páginas (artículo)
177-204
ISSN
19804415
Referencias
ALFONSO, B. G. La enseñanza del cálculo mental. Unión - Revista Iberoamericana de Educación Matemática, San Cristóbal de La Laguna, n. 4, p. 17-29, dez. 2005. Disponível em: . Acesso em: 13 abr. 2007. BASTOS, M. H. C. O ensino mútuo no Brasil (1808-1827). In: BASTOS, M. H. C.; FARIA FILHO,L. (Orgs.). A escola elementar no século XIX: o método monitorial/mútuo. Passo Fundo: Ediupf, 1999. p. 95-118. BASTOS, M. H. C. Educação Infantil e ensino intuitivo: a contribuição de Marie Pape-Carpantier (1815-1878). Conjectura, Caxias do Sul, v. 15, n. 3, p. 14-46, set./dez. 2010. BELTRAME, J. Os programas de ensino de matemática do Colégio Pedro II: 1837-1932. 2000. 259 f. Dissertação (Mestrado em Matemática) – Departamento de Matemática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000. BLAKE, A. V. A. S. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Cultura, 1970. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2013. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997. CASTANHA, A. P. Edição crítica da legislação educacional primária do Brasil imperial: a legislação geral e complementar referente à Corte entre 1827 e 1889. Francisco Beltrão: Unioeste; Campinas: Navegando Publicações, 2013. CORTÉS, F. J. Análisis de las estrategias de cálculo estimativo que utilizan estudiantes de 2º de secundaria en Baja California. 2001. 109f. Tesis (Maestría en Ciencias Educativas) – UABC, Ensenada, México, 2001. COSTA, D. A. As concepções e contribuições de Pestalozzi, Grube, Parker e Dewey para o ensino da aritmética no nível elementar: o conceito de número. Hist. Educ., Porto Alegre, v. 18, n. 42, p. 37-59, jan./abr. 2014. COSTA, G. M. L. Os livros didáticos de matemática no Brasil do século XIX. 2000. 108f. Dissertação (Mestrado em Matemática) – Departamento de Matemática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000. FARIA FILHO, L. M.; VIDAL, D. G. Os tempos e os espaços escolares no processo de institucionalização da escola primária no Brasil. Revista Brasileira de Educação, Rio de janeiro, n. 14, p. 19-34, mai./ago. 2000. FRIDMAN, F. Cartografia fluminense no Brasil Imperial. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CARTOGRAFIA HISTÓRICA, 1., 2011, Paraty. Anais... Belo Horizonte: Centro de Referência em Cartografia Histórica, 2011. p. 1-22. GOMES, M. L. M. O cálculo mental na história da matemática escolar brasileira. In: ENCONTRO NACIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 9., 2007, Belo Horizonte. Anais... Recife: Sociedade Brasileira de Educação Matemática, 2007. p. 1-16. GOMES, M. L. M. Lições de coisas: apontamentos acerca da geometria no manual de Norman Allison Calkins (Brasil, final do século XIX e início do XX). Rev. Bras. Hist. Educ., Campinas, v. 11, n. 2 (26), p. 53-80, mai./ago. 2011. GONDRA, J.; GARCIA, I.; SACRAMENTO, W. Estado imperial e educação escolar – Rediscutindo a reforma Couto Ferraz (1854). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 1., 2000, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro, 2000. CD-ROM. LUZ, J. C. A. Guia pedagógico de cálculo mental e uso do contador mecânico ou aritmômetro no ensino elementar da aritmética. Rio de Janeiro: Livraria Clássica de Alves e Cia., 1887. MENDONÇA, A. W. P. C. et al. A criação do Colégio de Pedro II e seu impacto na constituição do magistério público secundário no Brasil. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 39, n. 4, p. 985-1.000, out./dez. 2013. MESQUIDA, P. O método em Pestalozzi: a matemática como caminho para a verdade. Revista de História da Educação Matemática (HISTEMAT), São Paulo, ano 2, n. 1, p. 19-39, 2016. MIZUTA, C. M. M. Do ideal ao real: a trajetória da escola noturna de instrução primária para adultos da Sociedade Auxiliadora da Industria Nacional, 1867-1892. In: ENCONTRO DO GRUPO INTERDISCIPLINAR DE PESQUISA EM ARTES, 4.; ENCONTRO DO GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO OITOCENTISTA, 2., 2011, Curitiba. Anais... Curitiba:Faculdade de Artes do Paraná, 2011, v. 1. p. 35-42. Disponível em: . Acesso em: 25 maio 2017. MOACYR, P. A instrução e o Império (subsídios para a história da educação no Brasil) 1823-1853.v. 1. São Paulo: Nacional, 1936. NCTM – National Council of Teachers of Mathematics. An Agenda for Action: recommendations for School Mathematics of the 1980´s. Reston: VA-USA, 1980. Disponível em: . Acesso em: 07 mai. 2017. OLIVEIRA, A. A. O ensino público. Brasília: Senado Federal; Conselho Editorial, 2003. OLIVEIRA, M. C. M. O ensino da aritmética nas escolas do Paraná na primeira república. Zetetiké, Campinas, v. 19, n. 3, p. 27-49, jul./dez. 2011. PAIS, L. C. História dos aritmômetros escolares no ensino primário da matemática no Brasil (1883- 1927). Em Teia – Revista de Educação Matemática e Tecnológica Ibero-americana, Recife, v. 5, n. 2, p. 1-18, 2014. PAIS, L. C. Aspectos históricos do ensino do cálculo mental na instrução primária brasileira (1848-1910). Acta Scientiae, Canoas, v. 17, p. 113-133, 2015. PARRA, C. Cálculo mental na escola primária. In: PARRA, Cecília; SAIZ, Irma (Orgs.). Didática da matemática: reflexões psicopedagógicas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 186-235. RIBEIRO DE ALMEIDA, M. A escola. A Instrucção Pública, Rio de Janeiro, n. 4, p. 25-26, 1872a [5 de maio de 1872]. RIBEIRO DE ALMEIDA, M. A arithmetica. A Instrucção Pública, Rio de Janeiro, n. 8, p. 58-59, 1872b [2 de junho de 1872]. SCHELBAUER, A. R. O método intuitivo e lições de coisas no Brasil do século XIX. In: STEPHANOU, M.; BASTOS, M. H. C. Histórias e memórias da educação no Brasil. v. II – Século XIX. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 132-149. SCHELBAUER, A. R. Entre anúncios e artigos: registros do método de ensino intuitivo do jornal A Província de São Paulo (1875-1889). In: SCHELBAUER, A. R.; ARAÚJO, J. C. S. (Org.) História da educação pela imprensa. Campinas: Alínea, 2007. p. 7-30. SILVA, D. H.; MACHADO, M. C. G. O método de ensino intuitivo e a política educacional de Benjamin Constant. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 8, n. 2, p. 198-211, 2014. SOARES, F. dos S. O Professor de Matemática no Brasil (1759-1879): aspectos históricos. Rio de Janeiro. 2007. 172f. Tese (Doutorado em Educação) – Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. SOËTARD, M. Johann Pestalozzi. Trad. Martha Aparecida Santana Marcondes, Pedro Marcondes, Ciriello Mazzetto. Organização: João Luis Gasparin, Martha Aparecida Santana Marcondes. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/ Massangana, 2010. Disponível em:. Acesso em: 25 mai. 2017. SOUZA, R. F. de. Inovação educacional no século XIX: A construção do currículo da escola primária no Brasil. Cadernos Cedes, Campinas, n. 51, p. 9-28, nov. 2000. TEIXEIRA, G. B. Os “Principios elementares da arithmetica” nas escolas da corte imperial. Cadernos de História da Educação, Campinas, v. 13, n. 2, p. 603-624, jul./dez. 2014. VALDEMARIN, V. T. O método intuitivo: os sentidos como janelas e portas que se abrem para um mundo interpretado. In: SAVIANI, D. et al. O legado educacional do século XIX. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2006. p. 85-132. VECHIA, A.; LORENZ, K. M. (Orgs.). Programa de ensino da escola secundária brasileira: 1850- 1951. Curitiba: Ed. do Autor, 1998.