Analfabetismos, pesquisa e educação (matemática): uma escola que opera fora dos muros da escola
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Leal, Endrika y Souza, Luzia Aparecida de
Resumen
Este artigo sinaliza para discussões decorrentes de uma pesquisa de mestrado em Educação Matemática que se estruturou para além da problematização das estratégias matemáticas cotidianas de adultos analfabetos, por meio da busca por falar com os entrevistados, dando vazão a questões outras que marcam o papel da escola e de um discurso escolar-educacional na constituição narrativa desses sujeitos. Nessa direção, este texto alinhava estudos sobre decolonialidade com uma postura investigativa atravessada por narrativas potentes sobre como um corpo posicionado no fora-escola traz ranhuras profundas que (de)limitam modos de vida. Práticas de exclusão, abandono, abuso de poder, autojulgamento por meio de uma referência externa àquele modo de vida e construção de si pela falta são alguns dos fatores que compõe as construções narrativas aqui mobilizadas. Este texto opera, ainda, um processo de constituição de um corpo-pesquisador que tenta se sensibilizar para o que acontece durante um processo investigativo e que resiste a um movimento acadêmico que força uma tentativa de colonizar a decolonialidade.
Fecha
2021
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Números naturales | Operaciones aritméticas | Otro (fundamentos) | Otro (tareas)
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
11
Número
2
Rango páginas (artículo)
250-264
ISSN
22380345
Referencias
Couto, M. (2011). E se Obama fosse africano? São Paulo, SP: Companhia das Letras. Freire, M. (2005). Contos Negreiros. Record. Giraldo, V., &Fernandes, F. S. (2019). Caravelas à Vista: Giros Decoloniais e Caminhos de Resistência na Formação de Professoras e Professores que Ensinam Matemática.Perspectivas da Educação Matemática, 12(30), 467-501. https://periodicos.ufms.br/index.php/pedmat/article/view/9620 Grosfoguel, R. (2009). Para descolonizar os estudos de economía política e os estudospós-coloniais: transmodernidade, pensamento de frontera e colonialidade global. In B. S. Santos&M. P. Meneses. (Orgs.).Epistemologias do Sul (pp. 383-417). Coimbra: Edições Almedina SA. Lugones, M. (2008). Colonialidad y Género.Tábula Rasa, 9, 73-101. https://www.revistatabularasa.org/numero-9/05lugones.pdf Mignolo, W. (2017). Desafios decoloniais hoje.Epistemologias do Sul, 1(1), 12-32. https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/772 Oliveira, R. P. (2016). Performances da escrita na narrativa contemporânea: a voz do outro em “Totonha”, de Marcelino Freire.Letras de Hoje, 51(4), 475-481. https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/23787/15195 Ribetto, A., &Dias, R. O. (2020). Micropolítica e uma aposta ética, estética e política de formar professores pela invenção.Revista Educação e Cultura Contemporânea, 17(47), 209-229. http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/4700/47966546 Santos, B. S. (2009). Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In B. S. Santos&M. P. Meneses (Orgs.). Epistemologias do Sul (pp. 23-71). Coimbra: Edições Almedina SA. Santos, B. S. (2019). O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologías do Sul.Autêntica Editora. Soares, E. L. (2019) Educação (,) matemática e outras banalidades fundamentais da vida: diálogos a partir dos analfabetismos nossos de cada dia. [Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul]. Campo Grande. Spivak, G. C. (2010) Pode o subalterno falar? Editora UFMG.