Escola e aulas de matemática: ambiente de ser o que se é ou do ser o que está?
Tipo de documento
Lista de autores
Lopes, José Milton, Junior, Luiz Carlos Leal y Ferreira, Bruno Leite
Resumen
Este estudo originou-se de nossa perplexidade ao ler o conto Escola, da obra de Graciliano Ramos. Graciliano faz uma retomada de sua vivência escolar, que entendemos expressar o que as vivências de muitos de nossos alunos também expressam. Com isto, questionamos: Como os alunos se percebem estando junto ao ambiente escolar, junto a aulas de Matemática? Valemonos de entrevistas para compreender, junto a nossos sujeitos, o como de nossa interrogação. Recorremos à fenomenologia como campo teórico/metodológico. Lançamos olhares atentos às entrevistas e vimos, no movimento dos sentidos que iam se constituindo, convergências que propiciaram vislumbrar ideias nucleares que abrangem nossa interrogação, tais quais: a percepção da escola, da sala de aula de Matemática com forças contrárias à invenção, contrárias ao “ser criança”; a percepção da escola, da sala de aula de Matemática, enquanto ambiente acolhedor, que estimula a invenção e potencializa o “ser criança”. Nossas articulações em torno destas ideias são o que apresentamos como compreensões iniciais do que aqui interrogamos. O dito pelos entrevistados aponta para uma visão aporética da escola, não servindo assim apenas para possibilitar a autonomia, mas também para a domesticação. A escola é apontada tanto como um lugar seguro, que propicia novas experiências, como um local que pode propiciar experiências desconfortantes e constrangedoras.
Fecha
2017
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Entrevistas | Gestión de aula | Otro (aprendizaje) | Reflexión sobre la enseñanza
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
19
Número
2
Rango páginas (artículo)
193-210
ISSN
21787727
Referencias
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