Apropriações do método intuitivo de Pestalozzi em propostas para o ensino de saberes elementares matemáticos em revistas pedagógicas (1890-1940)
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
dos-Santos, Jefferson y Batista, Ivanete
Resumen
Neste artigo, é apresentado o resultado de uma pesquisa que versou sobre apropriações do método intuitivo de Pestalozzi para o ensino de saberes elementares matemáticos em periódicos brasileiros do final do século XIX e início do século XX. Chartier (2003) foi utilizado como referência para o entendimento de apropriação. Para a seleção das fontes, utilizando como lente de pesquisa as palavras-chave Pestalozzi, intuição e método ou ensino intuitivo, foi possível examinar noventa e oito exemplares de periódicos como A Eschola Publica, Revista de Ensino. A partir do exame de cada artigo foi possível identificar dois tipos de apropriações, uma primeira com referências diretas a Pestalozzi, e uma segunda, a partir da identificação ou de indícios de princípios defendidos por esse autor. No que diz respeito aos saberes elementares matemáticos, foram identificadas apropriações de princípios do método intuitivo de Pestalozzi para abordar conteúdos como fração, que deveria ser abordado com a utilização de objetos, que tinham a finalidade de tornar concreto o entendimento de fração, indicativo de um princípio do método intuitivo. A associação entre conhecimento e linguagem foi identificada em relação ao contar, pois a criança aprenderia a fazê-lo juntando objetos e pronunciando os seus nomes, e dessa forma destaca-se uma apropriação de outro princípio de Pestalozzi, a materialização do ensino. Referente aos saberes elementares geométricos, constatou-se a recomendação de que os sólidos geométricos deveriam ser expostos à vista da criança, e uma relação entre a medida e o desenho, em que foi possível identificar aproximações com a proposta pestalozziana. Por fim, é possível afirmar, a partir da pesquisa, que de formas diferenciadas, foram efetuados usos e interpretações dos princípios do método intuitivo como defendido por Pestalozzi para sistematizar propostas para os saberes elementares matemáticos.
Fecha
2018
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Contenido | Gestión de aula | Historia de la Educación Matemática | Numérica | Números racionales | Verbal
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
11
Número
1
Rango páginas (artículo)
13-26
ISSN
21765634
Referencias
Arruda, J. (1923). Arithmetica. A Escola, 1(3), 149-151. Barreto, A. O. (1903). O ensino da artihmetica. Revista de Ensino, 2(3), 234-235. Bruno, M. C. (1923). Geometria. A Escola, 1(3), 152-153. Campos, V. (1927). Lição de arithmetica: como se ensina esta disciplina, prendendo a attenção da criança. Rev Ensino, 1. Disponível em https://repositorio.ufsc.br/ handle/123456789/126738. Cardoso, L. F. (1912). A arithmetica nas escolas. Revista de Ensino, 11(1), 73-75. Carvalho, M. M. C. (2000). Modernidade pedagógica e modelos de formação docente. São Paulo em Perpectiva, 14(1), 111- 120. Celetino, P. (1893). O ensino de arithmetica. Rev Ensino Primário, 1(8), 153-155. Celetino, P. (1893). O ensino de arithmetica. Rev Ensino Primário, 1(11), 211-213. Celetino, P. (1893). O ensino de arithmetica. Rev Ensino Primário, 1(12), 218-220. Chartier, R. (2003). Formas e sentido. Cultura escrita: entre distinção e apropriação. Campinas: Mercado de Letras. Coelho, E. R. (1928). Methodologia da Arithemetica. Rev Ensino, 3(26), 76-77. Doria, S. (1923). Applicações didáticas Rev Soc Educ., 1(2), 160- 173. Dutra, A. P. (1935). O desenho infantil e sua evolução. Rev Educ., 11/12(11/12), 75-84. Escobar, J. R. (1933). O programa de didática. Rev Educ., 2(2), 89-104. Escobar, J.R. (1934). O Ensino de Matemática. Rev Educ.,5(5), 107-145. Feitas, M.A. (2007). Um olhar histórico-antropológico sobre o Instituto de Educação de Minas Gerais (1906-2006). Rev Multidisciplinar. Gomes, I. V. (2012). Retrospectiva: o acesso ao livro e à leitura pelos jovens no Brasil. In: Z., Failla. Retratos da leitura no Brasil 3. São Paulo: Instituto Pró-Livro, Imprensa Oficial. Laisant, C. (1927). Primeiras licções de Aritmética: para classes pre-escolares. Rev Ensino, 1(2), 68-72. Leme da Silva, M. C. (2015). Desenho e Geometria na escola primária: um casamento duradouro que termina com separação litigiosa. Hist Educ Online, 18(42), 61-73. Mathieson, L.C. (2012). O militante e o pedagogo Antonio de Sampaio Doria: a formação do cidadão republicano. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade de São Paulo, São Paulo. Monteiro, F. L. (1916). Arithmetica Preliminar. Revista de Ensino, 15(3), 29-32. Mortatti, M. R. L. (1999). Método analítico, cartilhas e escritores didáticos: ensino da leitura em São Paulo. História da Educação, (5), 123-140. Prestes, G. (1896). Noções intuitivas de geometria elementar para o terceiro anno de ensino preliminar. A Eschola Publica, 1(3), 251-269. Puiggari, R. (1902). Escolas Maternaes Publicas: bases pedagógicas. Rev Ensino, 1(4), 621-644. Geometria: Sólidos Geométricos. (1927). Revista Escolar, 1(6), 14-17. Revista Pedagógica Tomo II. (1891). Geometria. Revista Pedagógica, (1), 314-317 Santos A. R. (2009). Escola do trabalho: expansão do escolanovismonos debates educacionais paulistas sobre a reorganização do ensino primário. Dissertação (Mestrado em Educação: História, Política, Sociedade), Pontifícia Universidade Católica, São Paulo. Sbrana, R. A. (2015). Análise retórica e memorialística de Paschoal Lemme. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. Souza, A. F. & Bertini, L. F. (2016). Como ensinar problemas? Os saberes nos artigos da Revista de Ensino (São Paulo, 1902- 1919). Caminhos Educ. Matem. Rev. Online, 6(1), p.27-44. Thompson, O. (1983). Arithmetica elementar. A Eschola Publica., 1(1), 5-6. Thompson, O. (1894) Arithmetica elementar. A Eschola Publica, 1(10), 74-75. Tolosa, B.M. (1893). Primeiras lições de desenho. A Eschola Publica, 1(1), 2.