A geometria elementar e intuitiva de Gabriel Prestes
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Silva, Maria Célia Leme da
Resumen
O presente estudo tem a intenção de compreender como Gabriel Prestes, considerado um expert (Hofstetter et al, 2017) da educação, por ocupar lugar de destaque na direção da Escola Normal de São Paulo, propõe o ensino de uma geometria escolar. A análise toma como fonte central o manual Noções Intuitivas de Geometria Elementar produzido por Prestes e publicado em 1895. O exame do manual fornece indícios de proposta inovadora: proximidade com a obra francesa de Paul Bert (1886), inversão na marcha dos conteúdos tradicionalmente apresentados ao propor um estudo direto das medidas de linhas, áreas e volumes para o segundo ano primário, uso de materiais como fios, barbantes, papelão, recortes de papel, construção de sólidos para um trabalho experimental, de comparação e discussão das medidas, o emprego do desenho à mão livre como auxiliar nas recapitulações. Entretanto, a perda de poder político e o afastamento de Gabriel Prestes da Educação são fatores que corroboram para que a sua proposta de uma geometria intuitiva não tenha feito escola.
Fecha
2019
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Contenido | Formas geométricas | Historia de la Educación Matemática | Reflexión sobre la enseñanza
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
12
Número
3
Rango páginas (artículo)
295-303
ISSN
21765634
Referencias
Barbier, J. M. (1996). Savoirs Théoriques et savoirs d’action. Presses Universitaires de France. Barbosa, R. (1946). Reforma do Ensino Primário e várias Instituições Complementares da Instrução Pública. Obras Completas de Rui Barbosa. Vol. X. 1883, tomo II. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde. Bastos, M. H. C. (2000). Ferdinand Buisson no Brasil – Pistas, vestígios e sinais de suas idéias pedagógicas (1870-1900). História da Educação, (8),79-109. Bert, P. (1886). Premiers Éléments de Géometrie Expérimentale appliquée à la mesure des longueurs, des surfaces et des volumes. Paris: Librairie CH. Delagrave. Carvalho, M. M. C. (2000). Modernidade pedagógica e modelos de formação docente. São Paulo em Perspectiva, 14(1), 111- 120. Chervel, A. (1990). História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria & Educação, 2, 177-229. Frizzarini, C. R. B. (2014). Do ensino intuitivo para a escola ativa: os saberes geométricos nos programas do curso primário paulista. Dissertação (Mestrado em Educação e Saúde) – Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos. Frizzarini, C.R.B, & Leme da Silva, M.C. (2016). Saberes geométricos de Calkins e sua apropriação nos programas de ensino dos grupos escolares paulistas. Revista Brasileira de História da Educação, 16 (3), 10-35. Hofstetter, R., & Schneuwly, B. (2017). Saberes: um tema central para as profissões do ensino e da formação. In: R., Hofstetter, W.R. Valente, W. R. (Org.). Saberes em (trans)formação: tema central da formação de professores, (pp.113-172). São Paulo: Livraria da Física. Hofstetter, R., Schneuwly, B., Freymond, M., Bos, F. (2017). Penetrar na verdade da escola para ter elementos concretos de sua avaliação – A irresistível institucionalização do expert em educação (século XIX e XX). In: R., Hofstetter, W.R. Valente. Saberes em (trans)formação: tema central da formação de professores (pp.55-112). São Paulo: Livraria da Física. Leme da Silva, M.C. (2017). Ensino de Medidas: final do século XIX e início do século XXI. Anais da 38a Reunião Anual da ANPEd. Leme da Silva, M.C., Trindade, D.A., D’Esquivel, M. O., & Oliveira, M. A. (2017). A matemática dos primeiros anos escolares e a circulação do método intuitivo nos manuais escolares. In: W.R. Valente, I.M. Abreu. A matemática dos manuais escolares: curso primário, 1890-1970. São Paulo: Livraria da Física. Monarcha, C. (1999). Escola Normal da Praça: o lado noturno das luzes. Campinas: Editora da UNICAMP. Prestes, G. (1895). Noções intuitivas de geometria elementar. São Paulo: Editor Horacio Belfort Sabino. São Paulo. Trecho do decreto n. 2.944, de 8 de agosto de 1918. Aprovado por Altino Arantes e assinado por Oscar Rodrigues Alves. Disponível em: . Acesso em 10 out., 2013. São Paulo. Trecho do programa de 19 de fevereiro de 1925. Aprovado pelo secretário de Estado dos Negócios do Interior, José Manuel Lobo. Disponível em: . Acesso em 10 out., 2013. Souza, R.F. (2009). Alicerces da pátria: História da escola primária no Estado de São Paulo (1890-1976). Campinas: Mercado de Letras. Trouvé, A. (2008). La notion de savoir élémentaire à l’école. Paris: L’Harmattan. Valdemarin, V. T. (2004). Estudando as lições de coisas: análise dos fundamentos filosóficos do Método de Ensino Intuitivo. Campinas: Autores Associados. Valente, W. R. (2000). Positivismo e matemática escolar dos livros didáticos no advento da República. Cadernos de Pesquisa, 109, 201-212. Valente, W. R. (2011). A Matemática na formação do professor do ensino primário: São Paulo, 1875-1930. São Paulo: Annablume. Valente, W. R. (2015). A constituição do elementar matemático: uma análise de programas de ensino (São Paulo, 1890-1950). Educação Unisinos (Online), 19, 196-205. Vidal, D. G. (Org.). (2006). Grupos escolares: cultura escolar primária e escolarização da infância no Brasil (1893-1971). Campinas, SP: Mercado das Letras. Warde, M. J.; Panizzolo, C. (2010). As fontes do método analítico de leitura de João Kopke (1896-1971). História da Educação, 14(30), 127-151.