Adoção da modelagem matemática para professores em um contexto de formação continuada
Tipo de documento
Lista de autores
Mutti, Gabriele de Sousa Lins y Klüber, Tiago Emanuel
Resumen
Há, na literatura produzida pela comunidade da educação matemática, recorrentes argumentos voltados à adoção da modelagem matemática. Um levantamento realizado no contexto das pesquisas publicadas por essa mesma comunidade não evidenciou, entretanto, alguma que a tenha tomado como foco de estudo ou que tenha buscado compreendê-la com a atenção voltada para o professor. Entendendo a pertinência dessa temática, interrogamos: o que é isto, adoção da Modelagem para professores inseridos em um contexto de formação continuada? Essa interrogação, assumida na perspectiva fenomenológica, orientou-nos a entrevistar 25 professores integrantes de uma formação continuada em modelagem. A análise do que se mostrou no dito por eles revelou que adotar a modelagem significa habitar o seu lugar, o que compreende colocar-se numa condição de proximidade que permita senti-la perto de si. Esse movimento não se mostra condicionado a uma periodicidade específica de desenvolvimento de atividades de modelagem. Ele envolve buscar por modos próprios de fazer e de ser com a modelagem que embora sejam particulares a cada professor, não são solitários, podendo dar-se junto a outros.
Fecha
2021
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Continua | Desarrollo del profesor | Modelización | Otro (fundamentos) | Usos o significados
Enfoque
Nivel educativo
Educación media, bachillerato, secundaria superior (16 a 18 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
12
Número
2
Rango páginas (artículo)
1-27
Referencias
BICUDO, M. A. V. Formação de Professores? Da incerteza à compreensão. Bauru, SP: Edusc, 2003. BICUDO, M. A. V. (org.). Pesquisa qualitativa segundo a visão fenomenológica. 1. ed. São Paulo: Cortez, 2011. BICUDO, M. A. V.; HIRATSUKA, P. I. PI Pesquisa em Educação Matemática em uma perspectiva fenomenológica: mudança na prática de ensino do professor de matemática. Anais... do Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática, 2006. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. BROWN, C.; COONEY, T. Research on teacher education: A philosophical orientation. Journal of Research and Development in Education, v. 15, n. 4, p. 13-18. 1982. BURAK, D. A modelagem matemática na perspectiva da educação matemática: olhares múltiplos e complexos. Educação Matemática sem Fronteiras, v. 1, p. 96-111, 2019. CAMASMIE, A.T.; SÁ, R. N. de. Reflexões fenomenológico-existenciais para a clínica psicológica em grupo. Estud. pesqui. psicol. Rio de Janeiro, v. 12, n. 3, p. 952-972, dez. 2012. GADAMER, H-G. Verdade e Método: Traços Fundamentais de uma Hermenêutica Filosófica. Traduzido por Flávio Paulo Meurer. 3ª edição. Petrópolis. Editora Vozes. p. 731, 1999. GARNICA, A. V. M.; BICUDO, M. A. V. Filosofia da Educação Matemática. Autêntica, 2016. HEIDEGGER, M. Construir, habitar, pensar. Ensaios e Conferências. 5ª ed. Petrópolis: Vozes: Bragança Paulista. Editora Universitária São Francisco, p. 269, 2008. HEIDEGGER, M. Que é uma coisa? doutrina de Kant dos princípios transcendentais. Edições 70. Lisboa: Portugal. 1987. HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 2015. HOUAISS, Dicionário. Dicionário online de português. São Paulo, 2020. INWOOD, M. Dicionário Heidegger. Zahar, 1944. KLÜBER, T. E. Atlas.ti como instrumento de análise me pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica. Educação Temática Digital, Campinas-SP, v. 16, n. 1, p. 5-23, jan. 2014. KLÜBER, T. E. Uma metacompreensão da Modelagem Matemática na Educação Matemática. 396 p., 2012. Tese (Doutorado em Educação Científica e Tecnológica). Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. 2012. KLÜBER, T. E.; BURAK, D. A fenomenologia e suas contribuições para a Educação Matemática. Práxis Educativa, v. 3, n. 1, p. 95-99, 2008. MARTINS, S. R. Formação Continuada de Professores em Modelagem Matemática na Educação Matemática: O sentido que os participantes atribuem ao grupo. 139 p., 2016. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ensino, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu, 2016. MERLEAU-PONTY, M. O primado da percepção e suas consequências filosóficas. Campinas, SP: Papirus, 1990. MERLEAU-PONTY, M. Psicologia e pedagogia da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2006. MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da Percepção. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. MUTTI, G. S. L. Adoção da Modelagem Matemática para professores em um contexto de formação continuada. 2020. 193 folhas. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Educação Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Cascavel, 2020. MUTTI, G. S. L. Práticas Pedagógicas da Educação Básica num Contexto de Formação Continuada em Modelagem Matemática na Educação Matemática. 2016. 236f. Dissertação (Mestrado em Ensino) – Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Foz do Iguaçu. 2016. MUTTI, G. S. L.; KLÜBER, T. E. Adoção da Modelagem Matemática: o que se mostra na literatura produzida no âmbito da Educação Matemática. Boletim de Educação Matemática. Bolema (no prelo). OLIVEIRA, A. M. P. de. Modelagem matemática e as tensões nos discursos dos professores. 2010. 199 f. 2010. Tese de Doutorado. Tese (Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências) –Instituto de Física, Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual de Feira de Santana, Salvador. PALMER, R. E. Hermenêutica. trad. Maria Luísa Ribeiro Ferreira. Lisboa: Edições 70, 1996. (Coleção o Saber da Filosofia). PENTEADO, M. G. Possibilidades para a formação de professores de matemática. A informática em ação: formação de professores, pesquisa e extensão. São Paulo: Olho d’Água, p. 23-34, 2000. PINHEIRO, J. M. L. O movimento e a percepção do movimento em ambientes de Geometria Dinâmica. 283p. 2018. Tese de Doutorado. Tese (Doutorado em Educação Matemática) - Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2018. SARAMAGO, L. Entre a Terra e o Céu: a questão do habitar em Heidegger. O que nos faz pensar, v. 20, n. 30, p. 73-83, 2011. SILVEIRA, E.; CALDEIRA, A. D. Modelagem na Sala de Aula: resistências e obstáculos. Boletim de Educação Matemática, v. 26, n. 43, p. 1021-1047, 2012. STEFANI, J.; CRUZ, N. O. da. Compreensão e linguagem em Heidegger: ex-sistência, abertura ontológica e hermenêutica. Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, v. 14, n. 2, p. 112-127, 2019. SOUZA, J. F.; OLIVEIRA, L. M.; AMARAL, L. H. Desenvolvendo competências para lidar com as finanças pessoais: contribuições de um ambiente de modelagem matemática. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 6, n. 2, p. 37-53, 2015. VENTURIN, J. A. A. Educação Matemática no Brasil da perspectiva do discurso de pesquisadores. 2015. 541 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) – Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2015. VERTUAN, R. E.; SILVA, K. A. P. Pensamento Estatístico em uma atividade de modelagem matemática: ressignificando o lançamento de aviões de papel. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 9, n. 2, p. 320-334, 2018.