A etnomatemática no encontro entre práticas e saberes: convergências, tensões e negociação de sentidos
Tipo de documento
Lista de autores
Monteiro, Alexandrina y Rodrigues, Jackeline
Resumen
A proposta desse texto é apresentar debate em torno noção de diálogo mobilizado nos estudos da Etnomatemática, em especial aqueles que buscam relações com a teoria crítica do currículo. Partimos do pressuposto de que noções de diálogo têm permeado os trabalhos sobre o currículo, provenientes das perspectivas da Etnomatemática e da Teoria Crítica, quando se abordam as relações que podem ser estabelecidas no encontro entre diferentes práticas e saberes no espaço escolar. Assim, discutimos as implicações, para o campo da etnomatemática quando se pensa o diálogo nas perspectivas: Freiriana e do círculo de Bakhtin. Diante disso, entendemos ser necessário discutir as diferentes formas de apropriação e uso do termo diálogo no campo da educação e em especial no campo da Etnomatemática. Procuramos apresentar uma discussão dessa noção, a partir da perspectiva de dialogia apresentada nos estudos bakhtinianos, para além de perspectivas que possam entender o diálogo como uma forma de relação harmoniosa, de acordo ou interação simétrica, acenando para uma visão mais complexa que envolve tensão e negociação de sentidos nesses processos dialógicos.
Fecha
2014
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Revista
Revista Latinoamericana de Etnomatemática: Perspectivas Socioculturales de la Educación Matemática
Volumen
7
Número
3
Rango páginas (artículo)
55-70
ISSN
20115474
Referencias
Bakhtin, M. (1986). Marxismo e filosofia da Linguagem. São Paulo: Hucitec. Bello, S. E. (2006). Diferenciação, relações de poder e etnomatemática: Historiografia, perspectivas e (res)significações. Horizontes, 24(1), 51-67. Conrado, A. L. (2004). Etnomatemáticas: sobre pluralidade nas significações do programa Etnomatemática, Em J. P. Ribeiro, M. C. Domite, & R. Ferreira (Orgs.), Etnomatemática: papel, valor e significado (pp. 75-87). São Paulo: Zouk. D’Ambrósio, U. (1990). Etnomatemática. São Paulo: Ática. D’Ambrósio, U. (2001). Etnomatemática: Elo entre as tradições e a Modernidade, Belo horizonte: Autêntica. Domite, M. C. S. (2005). O desafio da educação matemática: da pluralidade aos focos de interesse. (Tese de Livre Docência). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo-Brasil. Freire, P. (1982). Pedagogia do oprimido. São Paulo: Ed. Paz e Terra S.A. Freire, P. (1994). Pedagogia da Esperança. Um reencontro com a pedagogia do oprimido. São Paulo: Ed. Paz e Terra S.A. Giroux, H. (1993). O pós-modernismo e o discurso da crítica educacional. Em T. T. Silva (Org.), Teoria educacional crítica em tempos pós-modernos (pp. 41-69). Porto Alegre: Artes Médicas. Faraco, C. (2003). A Linguagem & Diálogo: as idéias lingüísticas do círculo de Bakhtin, Curitiba: Criar Edições. Faria, J. B. (2007). Relações entre práticas de numeramento mobilizadas e em constituição nas interações entre sujeitos da educação de Jovens e Adultos. (Dissertação de mestrado). UFMG, Belo Horizonte-Brasil. Fonseca, M. C. (2005). O sentido matemático do letramento nas práticas sociais. Revista Presença Pedagógica, 64, 5-19. Foucault, M. (1996). Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes. Kleiman, A. (1995). "O que é letramento? Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola". Em Kleiman (Org.), Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita (pp. 15-61). São Pablo: Mercado das Letras. Knijnik, G. (1996). Exclusão e Resistência – Educação Matemática e Legitimação Cultural. Porto Alegre: Artes Médicas. Lübeck, M., & Rodrigues, T. D. (2013). Incluir é Melhor que Integrar: uma concepção da Educação Etnomatemática e da Educação Inclusiva. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, 6(2), 8-23. Mendes, J. R. (2001). Práticas de numeramento-letramento dos Kaiabi no contexto de formação de professores índios do Parque Indígena do Xingu. (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas. UNICAMP, São Paulo-Brasil. Mendes, J. R. (2007). Matemática e práticas sociais: uma discussão na perspectiva do numeramento. Em J. R. Mendes, & R. C. Grando (Orgs.), Matemática e produção de conhecimento: múltiplos olhares (pp. 11-29). São Paulo: Musa. Monteiro, A., & Mendes, J. R. (2006). Reflexões acerca das noções de diálogo presente nos discursos curriculares. Conferencia presentada en el 2° Seminário Brasileiro de Estudos Culturais, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Brasil. Monteiro, A., & Mendes, J. R. (2008). A Etnomatemática no encontro entre práticas e saberes: espaços de tensão e negociação de sentidos. Conferencia presentada en el 3° Congresso Brasileiro de Etnomatemática, UFF, Niterói, Brasil. Monteiro, A. (2004a). A etnomatemática em cenários de escolarização: alguns elementos de reflexão. Em G. Knijnik, F. Wanderer, & C. J. Oliveira (Orgs.), Etnomatemática: currículo e formação de professores (pp. 432-446). Santa Cruz do Sul: EDUNISC. Monteiro, O., & Domite, M. C. S. (Orgs.), (2004b). Etnomatemática: papel, valor e significado. São Paulo: Zouk. Monteiro, A., & Berro, R. T. (2014). A arte da Abstração: estudo das geometrias não euclidianas nas obras de Escher. Em J. R. Mendes, & A. M. Nacarato (Orgs.), Tramas, urdumes e Práticas: diversos olhares para a educação escolar (pp. 251-268). Mercado das Letras. Monteiro, A., & Souza, J. S. (2014). Por trilhas desconhecidas: a experiência do mestrado na vida de um professor. Em J. R. Mendes, & A. M. Nacarato (Orgs.), Tramas, urdumes e Práticas: diversos olhares para a educação escolar (pp. 269-288). Mercado das Letras. Monteiro, A., & Mincov, S. R. (2014). Identidades Juvenis produzidas dentro das práticas de consumo: implicações para a educação matemática. Em J. R. Mendes, & A. M. Nacarato (Orgs.), Tramas, urdumes e Práticas: diversos olhares para a educação escolar (pp. 289-307). Mercado das Letras. Moreira Antonio, F. B. (1997). Currículo, utopia e pós-modernidade. Em F. B. Moreira (Org.), Currículo: questões atuais. Campinas, (pp. 9-28). SP: Papirus. Moreira Antonio, F. B. (2002). Currículo, diferença cultural e diálogo. Educação & Sociedade, 79(23), 15-38. Moreira Antonio, F., & Silva, T. T. (Org.), (2002). Currículo, Cultura e Sociedade. 6ª edição, São Paulo: Cortez. Ribeiro, J. P. M. (2006). Etnomatema_́tica e a Formaça_̃o e Professores Indi_́genas: Um Encontro necessa_́rio em meio ao dia_́logo intercultural. (Tese de Doutorado). Faculdade de Edcuação, Universidade de São Paulo, Brasil. Souza, L. M. M. (1995). O conflito de vozes na sala de aula. Em M. J. Coracini (Org.), O jogo discursivo na aula de leitura. Língua Materna e Língua Estrangeira (pp. 21-26). Campinas: Pontes. Veiga-Neto, A. (2002). De geometrias, currículo e diferenças. Educação & Sociedade, 79(23), 163-186. Vergani, T. (2007). Educação etnomatemática: o que é?. Natal, Brasil: Editora Flecha do tempo. Vilela, D. S. (2007). Matemáticas nos usos e jogos de linguagem: ampliando concepções na educação matemática. (Tese de Doutorado). Faculdade de Educação, UNICAMP, Brasil.