O professor (de matemática) e alguns ensaios sobre sua identidade
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Fernandes, Lênio y Oliver, Tadeu
Resumen
Neste artigo, argumenta-se em prol da constituição da identidade por duas dimensões inter-relacionadas: (i) uma subjetiva, individual, concreta ou real (“a pessoa vendo a si própria”); (ii) uma objetiva, coletiva, abstrata ou virtual (“a pessoa sendo vista pelo outro”). Defende-se, ao longo das próximas linhas, que, no processo de identificação virtual, prevalece a “coletividade oficial”, melhor dizendo, aquela coletividade que “bate o martelo” no que se refere à definição hegemônica da dimensão objetiva da identidade do professor de Matemática. Tal “coletividade-mor” influencia as demais coletividades (minoritárias em termos de poder de identificação) vinculadas ao indivíduo em foco e por elas é influenciada. Anuncia-se, nas páginas a seguir, que tanto o EU quanto o OUTRO podem ser concretos e/ou abstratos. Em se tratando da identidade do professor de Matemática, enfatiza-se o seguinte atributo (apesar de não se considerá-lo único no que tange à identificação desse profissional): “ensino de Matemática”. Também é realçada neste artigo a identidade do professor que investiga a sua própria prática. Enfim, advoga-se em favor da existência da IDENTIDADE DE UMA COLETIVIDADE DE PROFESSORES (Obs.: docentes de um grupo vendo-se a si próprios; vendo uns aos outros; sendo vistos por indivíduos externos ao grupo e/ou por outras coletividades), estendendo-se a tal “ser coletivo” o ideário de Dubar (2005), originalmente voltado para a identidade de um “indivíduo”.
Fecha
2014
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Desarrollo del profesor | Estatus | Gestión y organización | Otro (fundamentos)
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
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Referencias
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