Correlatos cognitivos na aprendizagem da matemática: uma revisão da literatura
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Franco, Carine y Fernandes, Neyfsom Carlos
Resumen
O objetivo deste estudo foi o de levantar publicações que investigaram correlatos cognitivos na aprendizagem da Matemática. Foram realizadas pesquisas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo), Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC) e Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a partir dos descritores “Matemática”, “Matemática and aprendizagem”, “desempenho escolar”, “desempenho and aritmética” e “aritmética”. Para a seleção do material, foram definidos os seguintes critérios: os trabalhos deveriam ser artigos de relatos de pesquisas empíricas, com utilização de delineamento correlacional e apresentação de resultados estatisticamente significativos (p<0,05); os estudos também deveriam ter como amostra estudantes brasileiros que apresentassem desenvolvimento típico. A princípio, a busca resultou em 1.391 trabalhos, dos quais 16 atenderam aos critérios estabelecidos. Entre as habilidades cognitivas investigadas estão as linguísticas, as metacognitivas, a inteligência, a memória, entre outras. A partir dos resultados apresentados, foram apuradas a magnitude das correlações de cada habilidade na aprendizagem da Matemática e a aplicação prática dos achados. Conclui-se que as capacidades investigadas demonstram magnitudes de fraca a forte. Além disso, os pesquisadores apontam a importância de os professores da educação básica compreenderem a importância dessas habilidades, o que eles podem fazer para estimulá-las e a necessidade de se promoverem programas voltados para o desenvolvimento das habilidades cognitivas.
Fecha
2020
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Métodos estadísticos | Operaciones aritméticas | Otro (tipos estudio) | Rendimiento
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
34
Número
68
Rango páginas (artículo)
1324-1340
ISSN
19804415
Referencias
AGUIAR, G. S.; ORTIGÃO, M. I. Letramento em matemática: um estudo a partir dos dados do PISA 2003. Bolema, Rio Claro, v. 26, n. 42a, p. 1-22, abr. 2012. ALBERGARIA, I. S.; PONTE, J. P. Cálculo mental e calculadora. In: CANAVARRO, A. P.; MOREIRA, D.; ROCHA, M. I. (ed.). Tecnologias e Educação Matemática. Lisboa: SEM-SPCE, 2008. p. 98-109. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BEBER, B.; SILVA, E.; BONFIGLIO, S. U. Metacognição como processo da aprendizagem. Revista Psicopedagogia, São Paulo v. 31, n. 95, p. 144-151, 2014. BECKER, F. Abstração pseudo-empírica e reflexionante: significado epistemológico e educacional. Revista Eletrônica de Psicologia e Epistemologia Genéticas, Marília, v. 6, p. 104-128, nov. 2014. BRASIL. Matriz de Referência ENEM. 2019. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2019. Disponível em: http://download.inep.gov.br/download/enem/matriz_referencia.pdf. Acesso em: 14 set. 2019. CARVALHO, R.; PONTE, J. P. Cálculo mental com números racionais: representações mentais dos alunos. In: ENCONTRO DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 2015, Bragança. Atas... Bragança: SPIEM, 2015. p. 69-83. *CIA, F.; BARHAM, E. J. Estabelecendo relação entre autoconceito e desempenho acadêmico de crianças escolares. Psico, Porto Alegre, v. 39, n. 1, p. 21-27, jan./mar. 2008. COLLARES, C. A. L.; MOYSÉS, M. A. A. A medicalização do não-aprender-na-escola e a invenção da infância anormal. In: CHACON, M.; MARIN, M. J. S. (org.). Educação e saúde de grupos especiais. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012. p. 185-197. *CONTE, G.; CIASCA, S. M.; CAPELATTO, I. V. Relação entre autoconceito e autocontrole comparados ao desempenho escolar de crianças do ensino fundamental. Revista Psicopedagia, São Paulo, v. 33, n. 102, p. 225-234, 2016. CORSO, L. V.; DORNELES, B. V. Senso numérico e dificuldades de aprendizagem na matemática. Revista Psicopedagogia, São Paulo, v. 27, n. 83, p. 298-309, 2010. CORSO, L. V.; DORNELES, B. V. A velocidade de processamento e as dificuldades de aprendizagem na aritmética. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 14, n.3, p. 949-966, dez. 2014. *CORSO, L. V. Memória de trabalho, senso numérico e desempenho em aritmética. Psicologia: Teoria e Prática, São Paulo, v. 20, n. 1, p. 155-167, abr. 2018. COSTA, A. B.; ZOLTOWSKI, A. P. C. Como escrever um artigo de revisão sistemática. In: KOLLER, S. H.; COUTO, M. C. P. de P.; VON HOHENDORFF, J. (ed.). Manual de produção científica. Porto Alegre: Penso, 2014. p. 55-70. DANCEY, C. P.; REIDY, J. Estatística sem matemática para psicologia usando SPSS para Windows. 3. ed. Tradução de Lorí Vialí. Porto Alegre: Artmed, 2006. FALCÃO, J. T. R. Psicologia da Educação Matemática: uma introdução. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2008. *FERREIRA, A. A.; CONTE, K. M.; MARTURANO, E. M. Meninos com queixa escolar: autopercepções, desempenho e comportamento. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 28, n. 4, p. 443- 451, dez. 2011. *FREITAS, N. L.; FERREIRA, F. O.; HAASE, V. G. Linguagem e matemática: estudo sobre relações entre habilidades cognitivas linguísticas e aritméticas. Ciências & Cognição, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 111-125, dez. 2010. *GOLBERT, C. S.; SALLES, J. F. Desempenho em leitura/escrita e em cálculos aritméticos em crianças de 2ª série. Psicologia Escolar e Educacional, Campinas, v. 14, n. 2, p. 203-210, dez. 2010. HAASE, V. G. et al. Heterogeneidade cognitiva nas dificuldades de aprendizagem da matemática: Uma revisão bibliográfica. Psicologia em Pesquisa, Juiz de Fora, v. 6, n. 2, p. 139-150, dez. 2012. *MECCA, T. P. et al. Relação entre habilidades cognitivas não-verbais e variáveis presentes no contexto educacional. Psicologia Escolar e Educacional, Maringá, v. 19, n. 2, p. 329- 340, ago. 2015. *MECCA, T. P. et al. Relação entre habilidades cognitivas de processamento visual e inteligência fluida com o desempenho em aritmética. Psico, Porto Alegre, v. 47, n. 1, p. 35-45, 2016. *MOL, D. A. R.; WECHSLER, S. M. Avaliação de crianças com indicação de dificuldades de aprendizagem pela bateria Woodcock-Johnson III. Psicologia Escolar e Educacional, Campinas, v. 12, n. 2, p. 391-399, dez. 2008. OLIVEIRA, M. F.; NEGREIROS, J. G. M.; NEVES, A. C. Condicionantes da aprendizagem da matemática: uma revisão sistêmica da literatura. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 41, n. 4, p. 1023- 1037, mai. 2015. ONRUBIA, J.; ROCHEIRA, M. J.; BARBERÁ, E. O Ensino e a aprendizagem da matemática: uma perspectiva psicológica. In: COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. (org.). Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia da educação escolar. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2004. p. 329-333. v. 2. PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D.; MARTORELL, G. Desenvolvimento humano. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013. *PEREIRA, D. M.; ARAÚJO, R. C. T.; BRACCIALLI, L. M. P. Análise da relação entre a habilidade de integração visuo-motora e o desempenho escolar. Revista Brasileira Crescimento Desenvolvimento Humano, São Paulo, v. 21, n. 3, p. 808-817, 2011. PIAGET, J. Abstração reflexionante: relações lógico-aritméticas e ordem das relações espaciais. Tradução de Fernando Becker e Petronilha G. da Silva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. *PRADO, P. S. T. et al. Desempenho de alunos do quarto ano em testes de subitização e estimativa e no Teste de Desempenho Escolar (TDE). Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 23, n. 1, p. 1-14, 2015. *PRATES, K. C. R.; LIMA, R. F.; CIASCA, S. M. Estratégias de aprendizagem e sua relação com o desempenho escolar em crianças do Ensino Fundamental I. Revista Psicopedagia, São Paulo, v. 33, n. 100, p. 19-27, 2016. QEDU. Aprendizado dos alunos: Brasil. 2019. Disponível em: https://www.qedu.org.br/brasil/aprendizado. Acesso em: 21 set. 2019. SCHELINI, P. W. Teoria das inteligências fluida e cristalizada: início e evolução. Estudos de Psicologia, Natal, v. 11, n. 3, p. 323-332, dez. 2006. SILVA, J. B. L. et al. Processamento fonológico e desempenho em aritmética: uma revisão da relevância para as dificuldades de aprendizagem. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 23, n. 1, p. 157-173, 2015. *SILVA, P. A.; SANTOS, F. H. Discalculia do desenvolvimento: avaliação da representação numérica pela ZAREKI-R. Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 27, n. 2, p. 169-177, jun. 2011. *SPERAFICO, Y. L. S.; DORNELES, B. V.; GOLBERT, C. S. Competência cognitiva e resolução de problemas com equações algébricas do 1° grau. Bolema, Rio Claro, v. 29, n. 51, p. 333-348, abr.2015. STEIN, L. M. TDE: teste de desempenho escolar: manual para aplicação e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994. *TENORIO, S. M. P. C. P.; ÁVILA, C. R. B. de. Processamento fonológico e desempenho escolar nas séries iniciais do ensino fundamental. Revista CEFAC, São Paulo, v. 14, n. 1, p. 30-38, fev. 2012. VINHA, L. G. A.; KARINO, C. A.; LAROS, J. A. Factors Associated with Mathematics Performance in Brazilian Basic Education. Psico-USF, Itatiba, v. 21, n. 1, p. 87-100, abr. 2016. *ZUANETTI, P. A.; SCHNECK, A. P. C.; MANFREDI, A. K. S. Consciência fonológica e desempenho escolar. Revista CEFAC, São Paulo, v. 10, n. 2, p. 168-174, 2008.