“Lendo e escrevendo o mundo” com Matemática: estudando trigonometria com alunos do 9º ano do ensino fundamental
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Costa, Bruno Damien
Resumen
O artigo explora os limites e possibilidades de uma atividade voltada para o ensino de Matemática para a justiça social, utilizando o conceito de leitura e escrita do mundo com a Matemática proposto por Eric Gutstein. Nesse sentido, foram trabalhados conteúdos de trigonometria no triângulo retângulo, aplicados a uma situação de adequação da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os/As participantes da atividade foram alunos/as do 9º ano do ensino fundamental em posição confortável de uma escola da rede privada no interior de São Paulo. Os dados, provenientes dos diários dos/as estudantes, respostas a um questionário reflexivo e meu próprio diário, revelam que é possível atingir objetivos da Educação Matemática para justiça social: foi possível realizar a leitura e escrita do mundo com a Matemática, melhorar o desempenho escolar, mudar concepções acerca da Matemática e desenvolver a capacidade de ação social dos/as participantes. Dentre os limites destaca-se o fato de o projeto ter sido realizado com um grupo restrito de estudantes, algumas dificuldades instransponíveis sem auxílio do professor e o pouco tempo disponível para esta atividade. Espera- se, no entanto, que esses aspectos possam ser melhorados com a ampliação da experiência e realização de outros projetos de mesma natureza.
Fecha
2019
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Gestión de aula | Reflexión sobre la enseñanza | Teorías sociológicas | Trigonometría
Enfoque
Nivel educativo
Educación media, bachillerato, secundaria superior (16 a 18 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
33
Número
65
Rango páginas (artículo)
1400-1423
ISSN
19804415
Referencias
ALTMANN, H. Influências do Banco Mundial no projeto educacional brasileiro. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 77-89, jan./jun. 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v28n1/11656.pdf. Acesso em: 20 mai. 2019. APPLE, M. W. A ideologia e a reprodução cultural e econômica. In: APPLE, M. W. Ideologia e currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 61-80. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:2004: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. [S.l.]: ABNT: 2004. BARDIN, L. Análise de conteúdo. 1. ed. São Paulo: Edições 70, 2016. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Brasília: MEC/SEF, 1997. FRANKENSTEIN, M. Beyond math content and process: proposals for underlying aspects of social justice education. In: WAGER, A. A.; STINSON, D. W. Teaching mathematics for social justice: conversations with educators. Virgínia: The National Council of Teachers of Mathematics/Inc, 2012. p 49-62. FREITAS, L. C. Os reformadores empresariais da educação e a disputa pelo controle do processo pedagógico na escola. Educação & Sociedade, Campinas, v. 35, n. 129, p. 1085-1114, out./dez. 2014. GARNICA, A. V. M. Pesquisa qualitativa e educação (matemática): de regulações, regulamentos, tempos e depoimentos. MIMESIS, Bauru, v. 22, n. 1, p. 35-48, 2001. GUTSTEIN, E. Teaching and leaning mathematics for social justice in an urban, latino school. Journal for research in Mathematics Education, Reston, v. 34, n. 1, p. 37-73, jan. 2003. . Reading and writing the world with mathematics: toward a pedagogy for social justice. New York: Routledge, 2006. . Possibilities and challenges in teaching mathematics for social justice. In: ERNEST, P.; GREER, B.; SRIRAMAN, B. (Ed.). Critical issues in mathematics education. Charlotte: IAP/INC, 2009. . Reflections on teaching and learning mathematics for social justice in urban schools. In: WAGER, A. A.; STINSON, D. W. Teaching mathematics for social justice: conversations with educators. Virgínia: The National Council of Teachers of Mathematics/Inc, 2012. p. 63-80. LIBÂNEO, J. C. Políticas educacionais neoliberais e escola: uma qualidade de educação restrita e restritiva. In: LIBÂNEO, J. C.; MADEIRA FREITAS, R. A. M. Políticas educacionais neoliberais e escola pública: uma qualidade restrita de educação escolar. Goiânia: Editora Espaço Acadêmico, 2018. MINAYO, M. C. S. O desafio da pesquisa social. In: DESLANDES, S. F. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 34. ed. Petrópolis: Vozes, 2015. POWELL, A. B. The histoical development of citicalmathematics education. In: WAGER, A. A.; STINSON, D. W. Teaching mathematics for social justice: conversations with educators. Virgínia: The National Council of Teachers of Mathematics/Inc, 2012. p. 21-34. SÃO PAULO. Currículo do estado de São Paulo: matemática e suas tecnologias. São Paulo: SE, 2012. 72 p. SKOVSMOSE, O. Educação crítica: incerteza, matemática, responsabilidade. São Paulo: Cortez, 2007. . Educação matemática crítica: a questão da democracia. 4. ed. Campinas: Papirus, 2013. (Coleção Perspectivas em Educação Matemática). . Um convite à educação matemática crítica. Campinas: Papirus, 2014. (Coleção Perspectivas em Educação Matemática). . O que poderia significa educação matemática crítica para diferentes grupos de estudantes? RPEM, Campo Mourão, v. 6, n. 12, p. 18-37, jul./dez. 2017. TANKO, M. G. Reading and writing the world' with mathematics in a Middle Eastern context. Learning and Teaching in Higher Education: Gulf Perspectives, Dubai, v. 12, n. 2, p. 1-23, 2015. Disponível em: http://lthe.zu.ac.ae. Acesso em: 14 ago. 2018.