Uma orquestração instrumental online para o ensino dos teoremas de Green, Gauss e Stokes: um relato de experiência
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Feitosa, Francisco Eteval
Resumen
A transição do cálculo, em uma variável real-CUV, para o Cálculo em várias variáveis-CVV, envolve mudanças nem sempre naturais e podem surgir elementos de ruptura. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo descrever e analisar o processo de concepção e aplicação, por meio remoto de uma sequência didática, para o ensino dos teoremas de Green, Gauss e Stokes. A pesquisa, de cunho qualitativo, tem quadro teórico composto da teoria da Orquestração Instrumental de Luc Trouche, e a coleta de dados se deu, por meio de observação direta, formulários eletrônicos, captura em vídeo e vídeos produzidos pelos alunos, e a análise se deu pela triangulação dos dados. A orquestração instrumental proposta foi vivenciada por 34 alunos de uma Universidade pública do Amazonas e indiciou que pode favorecer tanto a transição interna do CUV para o CVV como a gênese instrumental dos alunos com uso de recursos digitais acarretando a aprendizagem dos teoremas de Green, Gauss e Stokes.
Fecha
2022
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
A distancia | Cálculo | Otro (métodos) | Software | Teoremas
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
13
Número
2
Rango páginas (artículo)
1-25
Referencias
ADLER, Jill. Conceptualising resources as a theme for teacher education. Journal of Mathematics Teacher Education, v. 3, n. 3, p. 205-224, 2000. ALVES, Francisco Regis Vieira. Aplicações da Sequência Fedathi na promoção das categorias do raciocínio intuitivo no Cálculo a Várias Variáveis. 2011. 353f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. ALVES, Francisco Régis Vieira; BORGES NETO, Hermínio. Transição interna do cálculo em uma variável para o cálculo a várias variáveis: uma análise de livros. Educação Matemática Pesquisa: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 13, n. 3, p. 597-626, 2011. ALVES, Francisco Regis Vieira. Transição interna do cálculo: uma discussão do uso do geogebra no contexto do cálculo a várias variáveis. Revista do Instituto Geogebra Internacional de São Paulo, v. 1, n. 2, p. 5-19, 2012. BARROS, José Acácio; REMOLD, Julie; SILVA, Glauco Santos Ferreira da Silva; TAGLIATI, José Roberto. Engajamento interativo no curso de Física I da UFJF. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. 26, n. 1, p. 63-69, 2004. BELLEMAIN, Franck; TROUCHE, Luc. Compreender o trabalho do professor com os recursos de seu ensino, um questionamento didático e informático. Caminhos da Educação Matemática em Revista (Online), Sergipe, v. 9, n. 1, p. 105-144, 2019. COUTO, Alan Franco; DA FONSECA, Maycon Odailson dos Santos; TREVISAN, André Luis. Aulas de Cálculo Diferencial e Integral organizadas a partir de episódios de resolução de tarefas: um convite à Insubordinação Criativa. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, São Paulo, v. 8, n. 4, p. 50-61, 21 dez. 2017. CRESWELL, John W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Tradução Magda Lopes. 3 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2010. DAMIANI, Magda Floriana. A teoria da atividade como ferramenta para entender o desempenho de duas escolas de ensino fundamental. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 29, 2006, Caxambu. Anais do 29º ANPEd: Educação, cultura e conhecimento na contemporaneidade: desafios e Compromissos. Caxambu: ANPEd, 2006, p. 1-15. DRIJVERS, Paul; DOORMAN, Michiel; BOON, Peter; REED, Helen; GRAVEMEIJER, Koeno. The teacher and the tool: instrumental orchestrations in the technology-rich mathematics classroom. Educational Studies in mathematics, v. 75, n. 2, p. 213-234, 2010. FONSECA, Enir da Silva; ARAÚJO JR., Carlos Fernando de. O envolvimento discente em um ambiente virtual de aprendizagem. Análise realizada no curso de licenciatura em Matemática. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, São Paulo, v. 9, n. 5, p. 189 - 204, 18 dez. 2018. FORMAN, Ellice Ann. Learning mathematics as participation in classroom practice: Implications of sociocultural theory for educational reform. In: STEFFE, Leslie P.; NESHER, Pearla; COBB, Paul; SRIRAMAN, Bharath; GREER, Brian. (Org.). Theories of mathematical learning. Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 1996, p. 115-130. GARCIA, Daniel Espírito Santo. Metodologia de projetos: vivências, resoluções de problemas e colaboração na experiência educativa. 2006. 233f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GITIRANA, Verônica; LUCENA, Rosilângela. Orquestração instrumental on-line: um modelo pensado a partir do ensino remoto. Educação Matemática Pesquisa: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação Matemática, São Paulo, v. 23, n. 3, p. 362-398, 2021. GUEUDET, Ghislaine; TROUCHE, Luc. Do trabalho documental dos professores: gêneses, coletivos, comunidades: o caso da Matemática. EM TEIA: Revista de Educação Matemática e Tecnológica Iberoamericana, Pernambuco, v. 6, n. 3, p. 43 p., 2016. GUIDE, Flipped Classroom Field. Portal Flipped Classroom Field Guide. 2014. IGLIORI, Sonia Barbosa Camargo; DE ALMEIDA, Marcio Vieira. Uma situação matemática para o ensino e aprendizagem de equações diferenciais. Ensino da Matemática em Debate, São Paulo, v. 5, n. 3, p. 453-465, 2018. JEONG, Heisawn; CHI, Michelene TH. Construction of shared knowledge during collaborative learning. Computer Support for Collaborative Learning'97 Proceedings, p. 124-128, 1997. JOHNSON, David W.; JOHNSON, Roger T.; HOLUBEC, Edythe Johnson. El aprendizage cooperativo en el aula. Argentina: Paidos 1999. JOHNSON, David; JOHNSON, Roger; SMITH, Karl. A aprendizagem cooperativa retorna às faculdades. Change, v. 3, n. 4, p. 91-102, 1998. RABARDEL, Pierre. Les hommes et les technologies; approche cognitive des instruments contemporains. Armand colin, 1995. RASMUSSEN, Chris; MARRONGELLE, Karen; BORBA, Marcelo de Carvalho. Research on calculus: what do we know and where do we need to go? ZDM: Mathematics Education, v. 46, n. 4, p. 507-515, 2014. RESTIVO, Sal. The social life of mathematics. Mathematics, education and philosophy: An international perspective, p. 5-20, 1994. REZENDE, Wanderley Moura. O ensino de cálculo: dificuldades de natureza epistemológica. 2003. 468f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo. ROBERT, Aline; SPEER, Natasha. Research on the teaching and learning of calculus/elementary analysis. In: The teaching and learning of mathematics at university level. Springer, Dordrecht, 2001. p. 283-299. SANZ, Sandra. Comunidades de Práctica Virtuales: Acceso y Uso de Contenidos. Revista de Universidad y Sociedad del Conocimiento, v. 2, n. 2, 2005. SARTORI, Viviane. Comunidade de prática virtual como ferramenta de compartilhamento de conhecimento na educação a distância. 2012. 144f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Florianópolis, 2012 STEWART, James. Cálculo, v. 2, 7. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016. TALL, David Orme. Cognitive development in advanced mathematics using technology. Mathematics education research journal, v. 12, n. 3, p. 196-218, 2000. TALL, David Orme. Real mathematics, rational computers and complex people. Mathematics Teaching, v. 243, n. 258, p. 1993, 1993. TALL, David Orme. Building and testing a cognitive approach to the calculus using interactive computer graphics. 1986. 505 f. Tese (Doutorado em Educação Matemática) — University of Warwick, Inglaterra, 1986. THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 1985. TREWERN, Ann; LAI, Kwok-Wing. Online learning: An alternative way of providing professional development for teachers. e-Learning: Teaching and professional development with the Internet, p. 37-55, 2001. TROUCHE, Luc. Environnements Informatisés et Mathématiques: quels usages pour quels apprentissages?. Educational Studies in Mathematics, v. 55, n. 1, p. 181-197, 2004. TROUCHE, Luc. Construction et conduite des instruments dans les apprentissages mathématiques: nécessité des orchestrations, Recherches en didactique des mathématiques, v.25, n.1, p. 91-138, 2005. TROUCHE, Luc; DRIJVERS, Paul. Webbing and orchestration. Two interrelated views on digital tools in mathematics education. Teaching Mathematics and Its Applications: International Journal of the IMA, v. 33, n. 3, p. 193-209, 2014. VALENTE, José Armando. Blended learning e as mudanças no ensino superior: a proposta da sala de aula invertida. Educar em revista, Curitiba, v. 30, n.4, p. 79-97, 2014. VERGNAUD, Gérard. The theory of conceptual fields. Theories of mathematical learning, p. 219-239, 1996. WENGER, Etienne. Communities of practice: a brief introduction. 2006. WENGER, Etienne; MCDERMOTT, Richard Arnold; SNYDER, William. Cultivating communities of practice: A guide to managing knowledge. Harvard business press, 2002.