Resumen

São apresentados neste artigo os primeiros resultados de uma pesquisa desenvolvida junto à Universidade Federal do ABC e realizada com alunos cegos que frequentam salas de aula inclusivas em uma escola estadual de São Paulo. Nessa pesquisa é investigado como o aluno cego identifica e entende os objetos geométricos por meio de suas representações semióticas e se o fato dele ter a possibilidade de construir seus próprios registros de representação auxilia em seu aprendizado e em seu desenvolvimento cognitivo. Para que o aluno cego possa desenhar suas representações, é utilizado um produto desenvolvido e patenteado chamado prancheta de desenho em relevo positiva. Os resultados apresentados se referem às atividades realizadas com uma aluna do primeiro ano do ensino médio, com cegueira adquirida no início de sua vida escolar, durante sua alfabetização. O estudo mostra que quando o aluno cego faz seu próprio desenho, cria seu registro de representação no papel, ele se apropria efetivamente desta representação, podendo usá-la como uma ferramenta de apoio às suas atividades cognitivas.