Letramento e alfabetização em matemática: entre concepções e prescrição curricular
Tipo de documento
Autores
Alves, Vanessa da Silva | Cusati, Iracema Campos | Guerra, Maria das Graças Gonçalves Vieira | Santos, Adriana Cavalcanti dos | Souza, Silvana Paulina de
Lista de autores
Santos, Adriana Cavalcanti dos, Souza, Silvana Paulina de, Alves, Vanessa da Silva, Cusati, Iracema Campos y Guerra, Maria das Graças Gonçalves Vieira
Resumen
Este artigo, tendo por foco o letramento e a alfabetização em matemática, define por objetivo geral analisar a prescrição das competências de alfabetização sob a perspectiva do letramento em matemática. visando identificar características de superação dos desafios apresentados no processo de alfabetização vis a vis as competências consolidadas pelas crianças nesse ciclo, a presente investigação analisou a correlação dessas competências com as prescrições de alfabetização em língua portuguesa descritas na Matriz de referência do programa mais alfabetização. para compreender essa dimensão da política nacional de alfabetização, realizou-se um estudo documental, que entrelaça o discurso do programa em tela e os discursos acadêmicos sobre o tema. Os resultados apontam que as habilidades prescritas na matriz de referência analisada direcionam a avaliação da aprendizagem para a alfabetização matemática, estando latente a abordagem das aprendizagens do letramento matemático apenas nas habilidades que remetem para a resolução de problemas.
Fecha
2020
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Competencias | Desde disciplinas académicas | Documentos curriculares | Estrategias de solución | Política educativa
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
11
Número
6
Rango páginas (artículo)
462-480
Referencias
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 6. ed. São Paulo: Hucitec, 1992. BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. BALL, S. Reformar escolas/reformar professores e os terrores da performatividade. Revista Portuguesa de Educação, p. 3-23, 2002. BRASIL. Programa Mais Alfabetização. Portaria nº 142, de 22 de fevereiro de 2018a. Disponível em: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=23/02/2018&jornal=515&pa gina=54 Acesso em: 20 fev. 2020. BRASIL. Programa Mais Alfabetização. Programa mais alfabetização manual operacional do sistema de orientação pedagógica e monitoramento, 2018b. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/docman/abril-2018-pdf/85691-manual-operacional-pmalfafinal/file. Acesso em 03 jan. 2020. BRASIL. Programa Mais Alfabetização. Matriz de referência para avaliação somativa matemática – 1º ano do ensino fundamental, 2018c. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/brasilalfabetizado/matriz_referencia.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020. BRASIL. Programa Mais Alfabetização. Matriz de referência para avaliação somativa matemática – 2º ano do ensino fundamental. 2018d. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/brasilalfabetizado/matriz_referencia.pdf. Acesso em: 18 jan. 2020. BRASIL. Avaliação Nacional da Alfabetização: documento básico. Brasília: INEP, 2013. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 20 fev. 2020. BRASIL. Ministério da Educação. Avaliação nacional da alfabetização (ANA): documento básico. Brasília: INEP, 2013. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº. 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 10 jan. 2020. BROUSSEAU, G. L’observation des activités didactiques. Revue française de pédagogie, n. 45, 1978. BOLÍVAR, A. Melhorar os processos e os resultados educativos: O que nos ensina a investigação. OPorto: Gaia: Fundação Manuel Leão, 2012. CELLARD, A. A análise documental. In: Poupart, J. et al. A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. Petrópolis, Vozes, 2008. CORREIA, J. C. Cidadania, comunicação e literacia midiática. Biblioteca on-line de ciências da comunicação, 2006. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/correia-joaocarlos-Media-Publico-Literacia.pdf Acesso em: 10 jan. 2020. DANYLUK, O. S. Um estudo sobre o significado da alfabetização matemática. Dissertação (Mestrado em Educação) – UNESP – Rio Claro (SP): IGCE-UNESP, 1988. D’AMBROSIO, U. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano II. n. 2. Brasília. p. 15-19, 1989. D'AMBROSIO, U. Literacia e materacia: objetivos da educação fundamental. Pátio: revista pedagógica, Porto Alegre, v. 1, n. 3, p. 22-26, 1998. D'AMBROSIO, U. Literacy, matheracy, and technoracy: a trivium for today. Mathematical Thinking and Learning, Philadelphia, v. 1, n. 2, p. 131-153, 1999. D'AMBROSIO, U. Reflexões sobre história, filosofia e matemática. Bolema: boletim de educação matemática, Rio Claro, n. 2, p. 42-60, 1992. D'AMBROSIO, U. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, p. 99-120, jan/abr. 2005. DUVAL, R. Semiósis e pensamento humano: registros semióticos e aprendizagens intelectuais. Tradução: Lênio fernades Levy e Marisa Rosâni Abreu da Silveira. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2009. FERRAÇO, C. E. Cotidiano escolar, formação de professores(as) e currículo. São Paulo: Cortez, 2008. FONSECA, M. C. F. R. Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. São Paulo: Global, 2004. GÓMEZ-GRANELL, C. A aquisição da linguagem matemática: símbolo e significado. In: Teberosky, A.; Tolchinski, L. (Orgs.). Além da Alfabetização. São Paulo: Editora Ática, 1995. HARGREAVES, A. Os professores em tempos de Mudança. Portugal: McGraw-Hill, 1998. LEITE, C.; FERNANDES, P. Desafios aos professores na construção de mudanças educacionais e curriculares: que possibilidades e que constrangimentos? Educação - PUCRS, 33(3), p.198-204, 2010. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/view/8076. Acesso em 20 fev. 2020. LEITE, C.; FERNANDES, P.; FIGUEIREDO, C. Challenges of curricular contextualisation: teachers’ perspectives.. The Australian Educational Researcher, p. 435-453, 2018. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13384-018-0271-1. Acesso em 20 fev. 2020. LORENZATTO, S. (Org.). O laboratório de ensino de matemática na formação de professores. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2012. MACHADO, N. J. Matemática e Língua Materna: análise de uma impregnação mútua. São Paulo: Cortez, 1990. MAINARDES, J. A organização da escolaridade em ciclos e as políticas de currículo. Revista e-curriculum, São Paulo, v.7 n.1 Abril/2011. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/viewFile/5644/3988. Acesso em 20 fev. 2020. MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 2. ed. Rio de Janeiro: Parabola, 2008. MARIANI, M.; QUARTIERI, M. T. Interpretação cartográfica associada a investigação matemática: possibilidade de fomentar a escrita e o ensino de conceitos matemáticos. REnCiMa, v.10, n.5, p.151-170, 2019. Disponível em: http://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/1715/1172. Acesso em: 18 out. 2020. MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise Textual discursiva. 3. ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2016. MORAN, J. M.; MASETTO, M.; BEHRENS, M. Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica. 7. ed., Campinas: Papirus, 2003. MORAN, J. M., MASETTO, M. T. et al. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21.ed. rev. e atual. – Campinas, SP: Papirus, 2013. MOREIRA, M. A. O construtivismo de Vygotsky. In: Moreira, Marcos Antônio. Subsídios teóricos para o professor pesquisador em ensino de ciências: comportamentalismo, construtivismo e humanismo. Porto Alegre, p. 19-24, 2009. RIBEIRO, F. D. Jogos e Modelagem na Educação Matemática. Curitiba: IBEPX, 2008. ROLDÃO, M. C.; ALMEIDA, S. Gestão curricular para a autonomia das escolas e dos professores. Direção-Geral de Educação. Portugal, 2018. SADOVSKY, P. O ensino de matemática hoje: enfoques, sentidos e desafios. Trad. Antônio de Padua Danesi. São Paulo: Ática, 2010. SILVA, A. G. G. R.; MIRANDOLI, P. R. Construtivismo e letramento: um novo olhar para o ensino da matemática. ArqMundi, 2007. SALMAZO, R. Atitudes e procedimentos de alunos frente à Leitura e Interpretação de textos nas aulas de Matemática. Dissertação de Mestrado. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2005. SANTOMÉ, J. T. Currículo escolar e justiça social: o Cavalo de Troia da Educação. Porto Alegre: Penso, 2013. SANTOS, A. C. Práticas cotidianas de leitura na Educação de Jovens e Adultos no (entre)laçamento de uma cultura docente. Revista em Estudos em Língua e Literatura Interdisciplinar, jan-jun., p.175-190, 2017. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/issue/view/573/showToc Acesso em: 18 ago. 2020. SANTOS, A. C. et al. Formação do professor-alfabetizador no movimentum de uma gestão curricular ativa. Revista Espacios, p. 30-38., out. de 2018. Disponível em: http://www.revistaespacios.com/a18v39n43/18394330.html Acesso em: 18 out. 2020. SANTOS, A. C.; LEITE, C. Políticas curriculares em Portugal: fronteiras e tensões entre prescrição, autonomia e flexibilidade, Currículo sem Fronteiras, v. 18, n. 3, p. 836-856, set./dez., 2018. Disponível em: http://www.curriculosemfronteiras.org/vol18iss3articles/santos-leite.pdf . Acesso em: 18 set. 2020. SCHOENFELD, A. Porquê toda esta agitação acerca da resolução de problemas? In: Abrantes, L. P.; Leal, C.; Ponte, J. P. (Eds.). Investigar para aprender matemática. Lisboa: APM e Projecto MPT, p. 61-72, 1996. (Artigo originalmente publicado em 1991 na revista ZDM). SILVA, T. T. A produção social da identidade e da diferença. In: Silva, T. T. (Org.) Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. SMOLE, K. S.; DINIZ, M. I.; MILANI, E. Jogos de Matemática: do 6° ao 9° ano. Porto Alegre: Artmed, 2007. SKOVSMOSE, O. Desafios da reflexão em educação matemática crítica. Campinas: Papirus, (2008. SKOVSMOSE, O. Educação crítica: incerteza, matemática, responsabilidade. São Paulo, Cortez, 2007. SKOVSMOSE, O. Educação matemática crítica: a questão da democracia. Campinas: Papirus, 2001. SOARES, M. Alfabetização e letramento. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2011. STREET, B. V. Literacy in theory and practice. Cambridge: Cambridge University Press, 1984. STREET, B. V. Políticas e práticas de letramento na Inglaterra: uma perspectiva de letramentos sociais como base para uma comparação com o Brasil. Cadernos CEDES, 33(89), p.51-71, 2013. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/S0101- 32622013000100004. Acesso em: 10 mar. 2020. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002. TRINDADE, R.; COSME, A. A diferenciação curricular e pedagógica como um desafio epistemológico. Caderno de Pesquisa: Pensamento Educacional, Curitiba, v.9, n. 23, p. 21-42, 2014. Disponível em: https://seer.utp.br/index.php/a/article/view/342 . Acesso em: 22 mar. 2019. YANEZ, J. C. Resolução e proposição de problemas. REnCiMa, v.9, n.1, p.158-169, 2018. Disponível em: http://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/1468. Acesso em: 18 ago. 2020. YOUNG, M. F. D. Teoria do currículo: o que é e por que é importante. Cadernos de Pesquisa, 44(151), p.190-202, 2014. Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/198053142851. Acesso em: 22 jan. 2020.