A linguagem científica de professores de matemática em atividade de formação continuada
Tipo de documento
Autores
Bonotto, Danusa de Lara | Chamoso-Sánchez, José Maria | Madruga, Zulma Elizabete de Freitas | Scheller, Morgana
Lista de autores
Scheller, Morgana, Bonotto, Danusa de Lara, Madruga, Zulma Elizabete de Freitas y Chamoso-Sánchez, José Maria
Resumen
Esta pesquisa analisa a linguagem científica (LC) em textos escritos de professores de matemática em tarefa de formação continuada com modelagem matemática (mm). Os dados foram constituídos mediante questionamento a 19 professores que lecionam matemática nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, participantes de projeto de formação continuada. Para analisar o uso e a apropriação de LC pelos professores e o aporte de ideias de sua capacidade linguística, pauta-se em halliday e biembengut e avaliam-se: apropriação conceitual, aspectos léxicos, nominalizações e estilo de sequência textual. Os resultados indicam que esses professores, em geral, possuem domínio conceitual de mm. Embora utilizem itens lexicais, termos referenciais e reduzidas metáforas gramaticais, escrevem seus textos com estilos variados, predominando versões narrativizadas de descrição e/ou explicação. Conclui-se que, embora tenha ocorrido elevado nível de apropriação conceitual, possuem reduzido domínio linguístico relativo à LC.
Fecha
2020
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Referencias
Adam, J. M. (1992). Les textes: types et prototypes. Paris: Nathan. Adam, J. M. (2008). A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. São Paulo: Cortez. Alarcão, I. (2010). Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez. Biembengut, M. S. (2014). Modelagem Matemática no Ensino Fundamental. Blumenau: EdiFurb. Biembengut, M. S. (2016). Modelagem na Educação Matemática e na ciência. São Paulo: Livraria da Física. Bogdan, R. C., & Biklen, S. K. (2010). Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Lisboa: Porto Editora. Bonotto, D. L. (2017). (Re)configurações do agir modelagem na formação continuada do professor de Matemática da Educação Básica. Tese de Doutorado em Educação em Ciências e Matemática. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Braga, S. A. M., & Mortimer, E. F. (2003). Elementos do gênero de discurso científico no texto de Biologia do livro didático de Ciências. Anais do IV ENPEC (pp. 1-12). Bauru: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Disponível em: http://abrapecnet.org.br/enpec/iv-enpec/orais/ORAL069.pdf. Acesso em: 02 Janeiro de 2020 Bronckart, J. P. (1999). Atividade de linguagem, textos e discursos – por um interacionismo sócio-discursivo. São Paulo: Educ. Carvalho, A. M. P. (2013). Formação de professores de ciências: duas epistemologias em debate. Enseñanza de las Ciencias: Revista de investigación y experiencias didácticas [online] (pp. 2784-2790), n. Extra do IX Congresso Internacional sobre Investigação en Didáctica de las Ciencias. Disponível em: https://www.raco.cat/index.php/Ensenanza/article/view/308069. Acesso em: 02 janeiro de 2020. Driver, R., Asoko, H., Leach, J., Mortimer, E., & Scott, P. (1999). Construindo conhecimento científico na escola. Química Nova na Escola, 9, 31-40. Eggins, S. (1994). An introduction to systemic functional linguistics. London: Pinter. Fang, Z. (2004). Scientific literacy: A systemic functional linguistcs perspective. Science Education, 89, 335-347. https://doi.org/10.1002/sce.20050 Fang, Z. (2006). The language demands of science reading in Middle School. Journal of Science Education. International University of Florida, USA, 28(5), 491-520. Fiorentini, D., & Crecci, V. (2013). Desenvolvimento profissional docente: um termo guarda-chuva ou um novo sentido à formação? Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, 5(8), 11-23. Gabel, M., & Dreyfus, T. (2013). O fluxo de prova: o exemplo do algoritmo euclidiano. In A. Lindmeier, & A. Heinze (Eds.), Proceedings da 37ª Conferência do Grupo Internacional de Psicologia da Educação Matemática (pp. 321-328). Kiel, Alemanha: PME. Halliday, M. A. K. (1993a). Towards a language-based theory of learning. Linguistics and Education, (5), 93-116. https://doi.org/10.1016/0898-5898(93)90026-7. Halliday, M. A. K. (1993b). Some grammatical problems in scientific English. In M. A. K. Halliday, & J. R. Martin, Writing science: literacy and discursive power (pp. 69-85). Pittsburgh: University of Pittsburgh Press. Halliday, M. A. K. (1994). An introduction to functional grammar. London: Edward Arnold. Halliday, M. A. K. (2001). El lenguaje como semiótica social - la interpretación social del lenguaje y del significado. Santafé de Bogotá, Colômbia: Fondo de Cultura Econômica. Halliday, M. A. K., & Hasan, R. (1989). Language, context, and text: aspects of language in a social-semiotic perspective. Oxford: Oxford University Press. Halliday, M. A. K., & Matthiessen, M. I. M. (2014). Introduction to functional grammar. New York: Routledge. Hand, B. M., Lawrence, C., & Yore, L. D. (1999). A writing in science framework designed to enhance science literacy. International Journal of Science Education, 21(10), 1012-1035. Lemke, J. L. (1998). Multiplying meaning: visual and verbal semiotics in scientific text. In J. Martin, & R. Veel (Eds.), Reading science (pp. 87-113). Londres: Routledge. Lemke, J. L. (2002). Mathematics in the middle: measure, picture, gesture, sign, and word. In M. Anderson et al. (Eds.), Educational perspectives on mathematics as semiosis: from thinking to interpreting to knowing (pp. 215-234). Ottawa: Legas Publishing. Martin, J. R. (1993). Literacy in science: Learning to handle text as tecnology. In M. A. K. Halliday, & J. R. Martin, Writing science: literacy and discursive power (pp. 166-202). Pittsburgh: University of Pittsburgh Press. Mortimer, E. F. (1998). Sobre chamas e cristais: a linguagem cotidiana, a linguagem científica e o ensino de Ciências. In A. Chassot, & R. J. Oliveira, Ciência, ética e cultura na educação (pp. 99-118). São Leopoldo: UNISINOS. Mortimer, E. F. (2011). Linguagem e formação de conceitos no ensino de Ciências. Belo Horizonte: Editora UFMG. Oliveira, C. M. A. de, & Carvalho, A. M. P. de. (2005). Escrevendo em aulas de Ciências. Ciência & Educação, 11(3), 347-366. https://dx.doi.org/10.1590/S1516-73132005000300002 Oliveira, J. R. S., & Queiroz, S. L. (2007). Comunicação e linguagem científica: guia para estudantes de Química. Campinas: Átomo. Oliveira, J. R. S., & Queiroz, S. L. (2011). A retórica da linguagem científica em atividades didáticas no ensino superior de Química. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 4(1), 89-115. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/alexandria/article/view/37548 Oliveira, T., Freire, A., Carvalho, C., Azevedo, M., Freire, S., & Baptista, M. (2009). Compreendendo a aprendizagem da linguagem científica na formação de professores de ciências. Educar em Revista, 25(34), 19-33. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/educar/article/view/16506 Planas, N., Arnal-Bailera, A., & García-Honrado, I. (2018). El discurso matemático del profesor: ¿Cómo se produce en clase y cómo se puede investigar?. Enseñanza de las Ciencias. Revista de Investigación y Experiencias Didácticas, 36(1), 45-60. https://doi.org/10.5565/rev/ensciencias.2240 Rivard, L. P. (1994). A review of writing to learn in science: Implications for practice and research. Journal of Research in Science Teaching, 31(9), 969-983. Rivard, L. P., & Straw, S. B. (2000). The effect of talk and writing on learning science. An exploratory study. Science Education, 84(5), 566-593. Robertson, S., & Graven, M. (2019). Language as an including or excluding factor in mathematics teaching and learning. Mathematics Education Research Journal doi: 10.1007 / s13394-019-00302-0 Rowell, P. M. (1997). Learning in school science. The promises and practices of writing. Studies in Science Education, 30, 19-56. Sasseron, L. H., & Carvalho, A. M. P. (2008). Almejando a alfabetização científica no ensino fundamental: a proposição e a procura de indicadores do processo. Investigações no Ensino de Ciências, 13(3), 33-352. Scheller, M. (2017). Modelagem e linguagem científica no ensino médio. Tese de Doutorado em Educação em Ciências e Matemática. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Scheller, M., Bonotto, D., & Biembengut, M. S. (2015). Formação continuada e Modelagem: percepções de professores. Educação Matemática em Revista, 20(46), 16-24. Silva, F. C. (2019). Linguagem e o processo de ensino e aprendizagem em Química: leituras contemporâneas de Vigotski apoiadas por Tomasello. Revista Eletrônica de Educação. Ahead of print. 1-14. http://dx.doi.org/10.14244/198271992765 Silva, N. S., & Aguiar Junior, O. G. (2014). A estrutura composicional dos textos de estudantes sobre ciclos de materiais: evidências de uso e apropriação da linguagem científica. Ciência & Educação, 20(4), 801-816. Sutton, C. (1992). Words, science and learning. London: Open University Press. Vigotsky, L. S. (1987). Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes. Yin, R. K. (2005). Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. Zabalza, M. A. (2004). Diários de aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Porto Alegre: Artmed.