As origens do estudo dirigido
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Santana, Rogério Joaquim
Resumen
Esse artigo é parte de uma pesquisa exploratória ainda em curso, estritamente bibliográfica sobre as origens da atividade do Estudo Dirigido (ED). Por meio de referências em artigos e livros brasileiros, produzidos pela Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário (CADES) que tratam do ED, procuramos indícios de suas origens a fim de fazer a reconstituição da sua origem no início dos anos 1900 até as sugestões dos autores e professores que defendiam sua aplicação nas formações de professores e nas salas de aula até meados de 1970. Até o momento da confecção desse artigo apuramos que o ED, teve muitas interpretações e distorções discutidas neste artigo e ainda carecem de novas pesquisas para melhor compreensão do Estudo Dirigido.
Fecha
2023
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Documental | Evolución histórica de conceptos | Exploratorio | Historia de la Educación Matemática
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Usuario
Volumen
16
Número
1
Rango páginas (artículo)
89–93
ISSN
2176-5634
Referencias
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Procuramos condensar as justificativas que esses e outros autores apresentam como vantajosas da aplicação e objetivos do Estudo Dirigido: Desenvolver uma atitude sadia, interessada e construtiva em relação ao tema estudado; Desenvolver no aluno o hábito do estudo; Desenvolver no aluno a hábito da leitura reflexiva; Desenvolver no aluno a habilidade de questionar quais são os pontos necessários para resolver um determinado problema; Criar o habito do aluno realizar anotações, pesquisas, comparações; Sínteses e quadros sinóticos do tema estudado. Segundo os autores supracitados no Estudo Dirigido os objetivos podem variar muito, mas algumas metas fazem parte da estrutura padrão dessa técnica, entre elas a de habituar o aluno a realizar uma leitura interativa de textos, exercitar o aluno a assinalar as dúvidas e formular questões objetivas para sanar essas dúvidas, mobilizar seus conhecimentos prévios e os adquiridos durante a atividade para resolver problemas , dar a oportunidade do aluno expressar suas dúvidas ao grupo ou contribuir para sanar as eventuais dúvidas e dificuldades de outros estudantes e por fim oportunizar a socialização do indivíduo por meio do conhecimento adquirido. 5 Conclusão Ao abordar a prática do Estudo Dirigido, por meio de pesquisas de textos que não são recentes, com raízes na história da educação, procuramos trazer subsídios para a discussão sobre as origens do Estudo Dirigido. Por meio das publicações pesquisadas podemos inferir que esse movimento começou nos E.U.A fundamentados principalmente nos estudos de Lida Bell Earhart e Frank Morton McMurry. Podemos inferir por meio dos textos pesquisados que os autores consideram o Estudo Dirigido como um plano ou técnica que o professor deve orientar , provocando no seu aluno hábitos de estudos e pensamento reflexivo. Podemos perceber vestígios de que esses objetivos foram confundidos com práticas de exercitação e memorização, que segundo os autores podem até fazer parte do processo do Estudo Dirigido, mas não devem ser confundidos e nem nomeados como ED. Outras práticas como o Ensino Programado (EP) ou Atividade Orientada (AO), aparecem inseridas em alguns métodos de ensino e por algumas vezes são também, erroneamente nomeados como Estudo Dirigido. JIEEM v.16, n.1, p. 89-93, 2023. 93 Pentagna, R. G. (1967). Estudo Dirigido. Rio de Janeiro e São Paulo: Livraria Freita Bastos. Santos, T. M. (1955). 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