A habilidade dos seres humanos à compreensão dos conceitos matemáticos básicos é um dos desafios impostos à escola do século XXI. Torna-se, portanto, relevante à construção de caminhos emergentes das necessidades dessa sociedade que necessita de cidadãos aptos para enfrentarem desafios impostos pela sociedade atual. No entanto, destaca-se que, professores de Matemática se deparam, em sala de aula, constantemente, com estudantes que não apresentam sucesso na resolução de situações-problema. Mas, por que isso acontece? Conjecturando respostas para essa inquietação, há a hipótese que os estudantes não compreendem o que fazem e/ou não utilizam os conhecimentos que possuem para resolverem as situações-problema propostas no dia a dia escolar. Assim como, também, podem apresentar dificuldades em ler, interpretar e responder o que a mesma está propondo. Para tanto, realizou-se um estudo de caso, cujos sujeitos foram estudantes de uma turma do sexto ano do Ensino Fundamental de uma escola da rede estadual de ensino, situado na cidade de Ponta Grossa, com o objetivo de desvelar se os referidos sujeitos compreendem o enunciado das situações-problema propostas no dia a dia escolar. Os dados angariados conduzem ao entendimento que a Matemática tem seus códigos e linguagem própria e um sistema de comunicação e de representação da realidade construído ao longo de sua história. E, essa linguagem matemática exerce um papel expressivo dentro da Matemática e da cultura, mas não sobrevive isolada, pois necessita do apoio da linguagem materna para a realização de sua comunicação.
