Mulheres na ciência e matemática: o que dizem as teses e dissertações
Tipo de documento
Autores
Alves, Patricia | Barboza, Mikaelle | Frota, Diego | Vieira, Brenda Maria | Vieira, Bruna Maria
Lista de autores
Vieira, Bruna Maria, Alves, Patricia, Vieira, Brenda Maria, Frota, Diego y Barboza, Mikaelle
Resumen
O presente trabalho tem como objetivo compreender qual o espaço ocupado pelas mulheres nas ciências exatas e em especial na Matemática, bem como os desafios e possibilidades para sua formação docente. Justifica-se pela necessidade de legitimar a participação feminina na construção do saber matemático, de modo a fortalecer a inserção e permanência das mulheres nos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Matemática. Para tanto, a pesquisa de abordagem qualitativa, configura-se como uma revisão bibliográfica. O levantamento das produções foi realizado na BDTD, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, e na Plataforma Sucupira, as palavras-chaves norteadoras da busca foram matemática e mulheres e resultou em 17 pesquisas, entre dissertações e teses. Mediante a leitura dos trabalhos coletados e da identificação das relações por eles estabelecidas, foram formulados três eixos de análise: 1. Trajetória e participação das mulheres no desenvolvimento da Ciência; 2. Inserção, formação inicial e atuação feminina na docência em Matemática; 3. Relações de Gênero nas aulas de Matemática. Observou-se que prevalece no campo da produção científica uma relação de competitividade que assegura aos homens a hegemonia do conhecimento, à medida que inviabiliza a legitimação da mulher cientista. No âmbito da Matemática o preconceito persistente, apresenta-se, muitas vezes, de maneira velada e conduz as mulheres a negarem sua feminilidade para conquistarem respeito e respaldo no exercício da profissão. Ainda assim, a presença feminina nas salas de aulas marca não só a evolução da sociedade, mas também a oportunidade de fortalecimento do processo de ensino e de aprendizagem da Matemática.
Fecha
2022
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Documental | Género | Inicial | Reflexión sobre la enseñanza
Enfoque
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Usuario
Número
3
Rango páginas (artículo)
364–372
ISSN
2176-5634
Referencias
Amaral, R.S., Santana, I.P. & Sant’ana, C.C. (2015). O ensino de matemática e a educação feminina: aritmética e geometria no curso primário da Bahia império-república (1827-1939). Jornal Internacional de Estudos em Educação Matemática, 8(1), 107-127. doi: https://doi.org/10.17921/2176- 5634.2015v8n1p%25p. Barrosa, L.A.L. (2016). Os homens são naturalmente melhores em Matemática do que as mulheres: um discurso que persiste. Rev. Diversidade e Educação, 4(8), 33-41. Basilio, L.V. (2019). Análise dos efeitos de uma proposta de ensino a respeito da contribuição das mulheres para a ciência. (Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal). Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: https://www2. senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_ EC91_2016.pdf. Casagrande, L. S. (2011). Entre silenciamentos e invisibilidades: as relações de gênero no cotidiano das aulas de matemática. (Tese de Doutorado, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba). Cavalari, M.F. (2007). A matemática é feminina? Um estudo histórico da presença da mulher em institutos de pesquisa em matemática do estado de São Paulo. (Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro). Fernandes, M.C.V. (2006). A inserção e vivência da mulher na docência em matemática: uma questão de gênero. (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa). Ferreira, N.S.A. (2002). As pesquisas denominadas “Estado da Arte”. Rev. Educação & Sociedade, 23(79), 257-272. doi: https://doi.org/10.1590/S0101-73302002000300013. JIEEM, v.15, n.3, p. 364-372, 2022. 372 Gomes, V.S. A Vida de Hipátia de Alexandria. Mulheres na Matemática, 2020. Disponível em: http:// mulheresnamatematica.sites.uff.br/wpcontent/uploads/ sites/237/2018/06/A-Vida-de-Hip%C3%A1tia-deAlexandria.pdf. Acesso em: 9 mar. 2022. Hayashi, M.C.P.I., Cabrero, R.D.C., Costa, M.D.P.R.D., & Hayashi, C.R.M. (2007). Indicadores da participação feminina em Ciência e Tecnologia. TransInformação, 19, 169-187. Lakatos, E. & Marconi, M.A. (1991). Metodologia científica. São Paulo: Atlas. Leta, J. (2003). As mulheres na ciência brasileira: crescimento, contrastes e um perfil de sucesso. Estudos avançados, 17(49), 271-284. doi: https://doi.org/10.1590/S0103- 40142003000300016. Negreiros, C. L., Souza, C. S. & Paula, R. R. (2016, julho). De Hipátia à Mirzakhani: um percurso pela habilidade feminina para a matemática. Seção de pôster apresentado no XII Encontro Nacional de Educação Matemática. São Paulo, SP. Oliveira, O. H. B. (2013). A aula de matemática: a didática do masculino e do feminino. (Dissertação de Mestrado, Universidade de Brasília, Brasília). Pereira, J. C. (2019). A inserção das mulheres na ciência: efeito de um dispositivo de invisibilidade. (Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre). Rosenthal, R. (2018). Ser mulher em ciências da natureza e matemática. (Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo). Silva, F.F. & Ribeiro, P.R.C. (2014). Trajetórias de mulheres na ciência: “ser cientista” e “ser mulher”. Ciência & Educação, 20(2), 449-466. doi: https://doi.org/10.1590/1516- 73132014000200012. Silva, L.B. (2017). Carreiras de professoras de exatas e engenharias: estudo em uma IFES do Nordeste brasileiro. (Tese de Doutorando) - Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa. Silva, M.P.S.L.S. (2018). Uma contribuição à história das mulheres nas ciências no Brasil: Heloísa Alberto Torres, a primeira diretora do Museu Nacional/UFRJ. (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro). Souza, M.C.R.F. (2008). Gênero e matemática(s): jogos de verdade nas práticas de numeramento de alunas e alunos da educação de pessoas jovens e adultas. (Tese de Doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Stamatto, M.I.S. Um olhar na história: a mulher na escola (Brasil: 1549-1910). (2002). In Anais II Congresso Brasileiro de História da Educação. (p.11). Natal, Rio Grande do Norte. Queiroz, D.M. Mulheres no ensino superior no Brasil. (2000). In 23ª Reunião Anual da ANPEd. (p.23). Caxambu, Minas Gerais. Disponível em: http://23reuniao.anped.org.br/ textos/0301t.pdf. Wagner, A., Predebon, J., Mosmann, C. & Verza, F. (2005). Compartilhar tarefas? Papéis e funções de pai e mãe na família contemporânea. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21(2), 181-186. doi: https://doi.org/10.1590/S0102- 37722005000200008.
Proyectos
Cantidad de páginas
9