O que é isto que se vê na concepção de professoras que ensinam Matemática sobre a pesquisa colaborativa?
Tipo de documento
Lista de autores
de-Oliveira, Edvanilson Santos y Sandalo, Patricia
Resumen
Neste artigo, buscamos a compreensão do que vem a ser pesquisa colaborativa na concepção de professoras que ensinam Matemática, partícipes de um grupo virtual colaborativo, o qual foi constituído com dois objetivos: primeiramente, aprofundar os estudos sobre Educação Inclusiva e, em segundo, superar as dificuldades impostas pelo cenário de pandemia, dentre elas, a necessidade de utilização de recursos tecnológicos para o ensino de Matemática a distância. Nessa perspectiva, o grupo, inicialmente, procurou compreender aspectos relacionados à díade pesquisa e colaboração. As discussões delineadas encontram-se ancoradas na Pesquisa Colaborativa, articulada à Cultura de Colaboração na Práxis docente. O corpus de análise emerge da transcrição dos diálogos entre as partícipes nos encontros virtuais. Para auxiliar no processo de mineração de texto, utilizou-se o software IRaMuTeQ. Nossas reflexões emergem da Análise Textual Discursiva (ATD), em um exercício de análise crítico/reflexivo com características fenomenológicas e hermenêuticas, ou seja, em um movimento descritivo e interpretativo a partir do olhar do pesquisador como tradutor desse movimento. Ao longo do estudo, observa-se diálogos com essência crítica-reflexiva, tomada de consciência da realidade social e política, frente ao distanciamento entre pressupostos teóricos e legais, a ausência de ações que fomentem uma autêntica práxis inclusiva. Nossos achados revelam a importância da Cultura de Colaboração na produção de saberes conectados à necessidade do agir, constituindo-se característica fundamental para a prática da pesquisa colaborativa.
Fecha
2022
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Análisis del discurso | Investigación en Educación Matemática | Profesor | Software
Enfoque
Nivel educativo
Educación primaria, escuela elemental (6 a 12 años) | Educación secundaria básica (12 a 16 años)
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
19
Número
1
Rango páginas (artículo)
1-23
ISSN
25269062
Referencias
BEILLEROT, J. A “Pesquisa”: esboço de uma análise. In: ANDRÉ, M. (Org.). O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 3. ed. Campinas: Papirus, 2001. p. 71-90. BOAVIDA, A.; PONTE, J. P. Investigação colaborativa: Potencialidades e problemas. In: GTI (Org.). Reflectir e investigar sobre a prática profissional. Lisboa: APM, 2002. BOGDAN, R.; BIKLEN, S. K. Investigação qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994. CAMARGO, B. V., JUSTO, A. M. IRAMUTEQ: Um Software Gratuito para Análise de Dados Textuais. Temas em Psicologia, 21 (2), p. 513-518, 2013. CARR, W.; KEMMIS, S. Becoming critical: education, knowledge and action research, Falmer, London, 1986. CARR, W.; KEMMIS, S. Teoria crítica de la enseñanza; la instigación acción in la formación del professorado. Barcelona, Ediciones Martínez Roca, 1988. DESGAGNÉ, S. Lê concept de recherche collaborative. I’ídée d’um rapprochement entre chercheurs universitaires et praticieres enseignants. Revue des Sciences de L’education, 1997. FIORENTINI, D. Formação de professores de Matemática: Explorando novos caminhos com outros olhares. Campinas: Mercado de Letras, 2003. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FULLAN, M.; HARGREAVES, A. A escola como organização aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. HALL, V., & WALLACE, M. Collaboration as a Subversive Activity: a professional response to externally imposed competition between schools? School Organisation, v.13, n. 2, p. 101-117, 1993. HARGREAVES, A. Os professores em tempos de mudança – O trabalho e a cultura dos professores na Idade Pós-Moderna. Lisboa: Mc Graw-Hill, 1998. IMBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010. IBIAPINA, I. M. L. de M. Docência Universitária: um romance construído na reflexão dialógica. Tese (Doutorado em Educação) Programa de Pós-Graduação em Educação, Natal, 2004. IBIAPINA, I. M. L. de M. (Re) elaborando o conceito de competência. In: MENDES SOBRINHO, J. A.; CARVALHO, M. A. (Org.) Formação de professores: olhares contemporâneos. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. IBIAPINA, I. Mª. L. de M. Pesquisa colaborativa: investigação, formação e produção de conhecimentos. Brasília: Liber livro Editora, 2008. JACULLO-NOTO. Interactive Research and development: Partneres in craft, Teachers College Record, n. 86, 1v, 1984, p. 208-222. KEMMIS, S. Critical reflection. WINDEEN, M. F.; ANDREWS, I. Staff development for school improvement. Philadelphia, USA: Falmer Press, 1987. LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. LIBERALI, F. C. O papel do multiplicador. In: CELANI, M. A. A. (Org.) Professores e formadores em mudança: relato de um processo de reflexão e transformação da prática docente. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 2003. LIEBERMAN, A. Collaborative research: working with, not working on. Educational Leadership. In: OJA, S. Role issues in pratical collaborative research in change schools. Nueva Oerleans, AERA, 1984. LOBO DA COSTA, N. M. Reflexões sobre tecnologia e mediação pedagógica na formação do professor de matemática. In: BELINI, W; LOBO DA COSTA, N. M. (Org.) Educação Matemática, Tecnologia e Formação de professores: algumas reflexões. Campo Mourão: Editora da FECILCAM, 2010. MAGALHÃES, M. C. C. A linguagem na formação de professores reflexivos e críticos. In: MAGALHÃES, M. C. C. A formação do professor como um profissional crítico: linguagem e reflexão. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 2004. MIZUKAMI, M. G. N. Formação de professores, práticas pedagógicas e escola. São Carlos: EDUFSCar, 2002. MORAES, R. Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação, Bauru, v. 9, n. 2, p. 191-211, out. 2003. MORAES, R.; GALIAZZI, M. do C. Análise textual discursiva. 3. ed. Rev. e Ampl. Ijuí: Editora Unijuí, 2016. MORAIS, E. A. M.; AMBRÓSIO, A. P. L. Mineração de Textos. Instituto de Informática. Universidade Federal de Goiás. Relatório Técnico, 2007.Disponível em: https://ww2.inf.ufg.br/sites/default/files/uploads/relatorios-tecnicos/RT-INF_005-07.pdf. Acesso em: 08/01/2022. OJA, S.; PINE, G. A. Two years study of teachears development. Relation to collaborative action research in the schools. Hampshire, University of New Hampshire, 1983. OJA, S. Role issues in pratical collaborative research in change schools. Nueva Oerleans, AERA, 1984. PÉREZ GOMEZ, A. A cultura escolar na sociedade neoliberal. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. PONTE, J. P. Estudos de caso em educação matemática. Bolema, 25, 2006, p. 105 – 132. SMULYAN, L. Action research on change in school: A collaborative Project, Montreal, AERA, 1983. Collaborative Action Research: Historical Trends, Montreal: AERA, 1984. SOUSA, R. S.; GALIAZZI, M. do C. Compreensões Acerca da Hermenêutica na Análise Textual Discursiva: Marcas Teórico-Metodológicas à Investigação. Contexto & Educação, Ijuí, v. 31, n. 100, p. 33-55, abr. 2016. SOUSA SANTOS, B. de. Educación para outro mundo posible. 1ª ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: CLACSO; Medellin: CEDALC, 2019. SOUZA JUNIOR, A. J. de. Trabalho coletivo na universidade: trajetória de um grupo no processo de ensinar e aprender cálculo diferencial e integral. 323p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP. Disponível em: . Acesso em: 07 nov. 2020 STAKE, R. E. Pesquisa qualitativa: estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre: Penso, 2011. ZEICHNER, K. O professor com prático reflexivo. In: ZEICHNER, K. A formação reflexiva de professores: ideias e práticas. Lisboa: Educa, 1993. ZEICHNER, K. Formando professores reflexivos para uma educação centrada no aprendiz: possibilidades e contradições. In: ESTEBAN, T.; ZACCUR, E. (Org.) Professora- pesquisadora: uma práxis em construção. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.