Saberes docentes no ensino médio: uma análise do ensino da estatística
Tipo de documento
Lista de autores
Corrêa, Alessandra de Abreu y Rocha-Filho, João Bernardes
Resumen
Os saberes docentes mobilizados pelos professores de Matemática do Ensino Médio em suas práticas de ensino da Estatística constituíram o alvo de uma pesquisa cujos resultados são apresentados neste artigo. Entendeu-se que os estudos acerca da formação docente ou da constituição da docência tendem a secundarizar o papel das práticas dos professores, negligenciando os saberes produzidos. Ao instaurar um campo analítico, a pesquisa pretendeu diagnosticar e compreender os saberes colocados em ação no ensino de conteúdos estatísticos. A partir das respostas dos questionários aplicados a professores do Ensino Médio, percebeu-se que os saberes das ciências da educação e da ação pedagógica estão presentes nas práticas docentes. No primeiro tipo de saber, são mobilizados conhecimentos ligados à interdisciplinaridade, à resolução de problemas e ao construtivismo pedagógico, enquanto, no segundo saber, a utilização do livro didático, das tecnologias e das mídias apresenta-se como recurso privilegiado.
Fecha
2012
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Constructivismo | Contenido | Continua | Estrategias de solución | Otro (estadística)
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
20
Número
2
Rango páginas (artículo)
71-88
ISSN
21761744
Referencias
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BATANERO, C. Los retos de la cultura estadística. In: JORNADAS INTERAMERICANAS DE ENSEÑANZA DE LA ESTADÍSTICA, 2002, Buenos Aires. Disponível em: http://www.docentes.unal.edu.co/pnpachecod/docs/losretos .pdf. Acesso em: 25 out. 2009. BATANERO, C.; GODINO, J.; ESTEPA, A. Análisis exploratório de datos: sus posibilidades en la enseñanza secundaria. Suma, n. 9, p. 25-31, 1991. BITTENCOURT, C. Livro didático e saber escolar (1810-1910). Belo Horizonte: Autêntica, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Eixos cognitivos do Exame Nacional do Ensino Médio. Brasília: MEC/INEP, 2007. BRASIL. Ministério da Educação. Relatório pedagógico do Exame Nacional do Ensino Médio. Brasília: MEC/INEP, 2008. BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Orientações curriculares para o Ensino Médio: Ciências da natureza e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 2006. v.2. CAZORLA, I. M. Educação Estatística aplicada à Educação. Módulo de Estatística Aplicada a Educação. Salvador: Faculdade Jorge Amado, 2004. CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed, 2000. CHOPPIN, A. História dos livros e das edições didáticas: sobre o estado da arte. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.30, n.3, p. 549-566, set./dez. 2004. CURCIO, F. R. Comprehensions of mathematical relationships expressed in graphs. Journal for Research in Mathematical Educations – National Council of Teachers of Mathematics, Reston, VA, v. 5, n. 18, p.382- 393, maio 1987. FIORENTINI, D.; LORENZATO, S. Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos. São Paulo: Autores Associados, 2006. FONSECA, M. C. F. R. A educação matemática e a ampliação das demandas de leitura e escrita da população brasileira. In: FONSECA, M. C. F. R. (Org.). Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. São Paulo: Global, 2004. p. 11-30. GAL, I. Adult´s Statistical Literacy: Meanings, Components, Responsibilities – Appeares. Internacional Statistical Review, n. 70, p. 1- 33, 2002. GAUTHIER, C. et al. Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre os saberes docentes. Ijuí: Editora Unijuí, 2006. INSTITUTO PAULO MONTENEGRO. INAF. 2º Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional: um diagnóstico para inclusão – primeiros resultados. São Paulo: Instituto Paulo Montenegro/Ação Educativa, 2002. Disponível em: http://www.ipm.org.br. Acesso em: 15 mar. 2009. LOPES, C. A. E. Literacia estatística e INAF 2002. In: FONSECA, M. C. F. R. Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. São Paulo: Global, 2004. LOPES, C. A. E. Os desafios para educação estatística no currículo de matemática. In: LOPES, C. A. E.; QUEIROZ, C.; ALMOULOUD, S. A. (Org.). Estudo e reflexões em educação estatística. Campinas: Mercado de Letras, 2010. p. 47-64. LOPES, C. A. E. Reflexões teórico-metodológicas para a Educação Estatística. In: LOPES, C. A. E; CURI, E. (Org.). Pesquisas em Educação Matemática: um encontro entre a teoria e a prática. São Carlos: Pedro & João Editores, 2008. p. 67-86. MACEDO, L. O construtivismo e sua função educacional. Educação & Realidade – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 18, p. 25-31, 1993. MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. Ijuí: Editora Unijuí, 2007. NARODOWSKI, M. Comenius e a Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. NÓVOA, A. Diz-me como ensinas, dir-te-ei quem és e vice-versa. In: FAZENDA, I. (Org.). A pesquisa em educação e as transformações do conhecimento. Campinas: Papirus, 1997. p. 29 - 42. NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.) Profissão professor. Porto, Portugal: Porto Editora, 1995. p. 13-34. NÓVOA, A. Relação escola-sociedade: “novas respostas para um velho problema”. In: SERBINO, R. V. (Org.). Formação de professores. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998. p. 19-40. PAVIANI, J. Interdisciplinaridade: conceitos e distinções. Caxias do Sul: Educs, 2008. PIMENTA, S. G. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999. p. 15-34. POLYA, G. A arte de resolver problemas. Rio de Janeiro: Interciência, 1978. ORLANDI, E. P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. São Paulo: Pontes, 1999. SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. Florianópolis: UFSC, 2005. SILVERSTONE, R. Por que estudar a mídia? São Paulo: Loyola, 2002. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.