Sobre os marcadores de tempo indígenas e etnomatemática
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Severino, João
Resumen
Meus primeiros estudos sobre o tema marcadores de tempo indígenas se deu a partir da pesquisa desenvolvida no mestrado, cuja dissertação trouxe o título “Marcadores de Tempo Indígenas: Educação ambiental e etnomatemática”. As reflexões conseguidas tendem a concebê-los como uma manifestação do conhecimento que diferentes povos produziram sobre o tempo, os fenômenos naturais e as relações que eles estabelecem entre esses fenômenos, o ambiente e a vida social. Alguns elementos constitutivos da atividade humana – contar, mensurar, classificar, ordenar, dentre outros –, apropriados pela matemática em seu estabelecimento enquanto ciência, são concebidos atualmente como sendo naturalmente dela. Refletir sobre o tempo na perspectiva etnomatemática intenta fortalecer o lugar das ideias onde esses elementos sejam isentos da linearidade, uniformidade e exatidão que a matemática tradicionalmente os impõe. As observações realizadas durante convívio com a comunidade Tapirapé levaram-me às indagações centrais do projeto de pesquisa de doutorado em Educação Matemática. As respostas a essas indagações convergem em estudos e reflexões sobre o conhecimento de povos indígenas e suas epistemologias, percebidos pela descrição de significados dos fenômenos ligados ao tempo, elaborados ou observados pelo povo Tapirapé, a partir das explicações presentes nas narrativas sobre as relações que estabelecem com nas atividades cotidianas.
Fecha
2013
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Culturales | Etnomatemática | Práctica del profesor | Reflexión sobre la enseñanza
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Título libro actas
Editores (actas)
Lista de editores (actas)
SEMUR, Sociedad de Educación Matemática Uruguaya
Editorial (actas)
Lugar (actas)
Rango páginas (actas)
3695-3702
ISBN (actas)
Referencias
Baldus, H. (1970) Tapirapé: tribo tupi no Brasil Central. São Paulo: Edusp; Companhia Editora Nacional. 512 p. D’ambrosio, U. (1990) Etnomatemática: Arte ou Técnica de Explicar e Conhecer - São Paulo: Série Fundamentos - Editora Ática (1997) A Era da Consciência, Editora Fundação Peirópolis, São Paulo. (2005). Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. 2ª Ed. 2ª reimpressão. Belo Horizonte – Autêntica. Geertz, C. (1998) O Saber Local. Trad. Vera Mello Joscelyne. Petrópolis: Vozes. (2008). A Interpretação das Culturas. 1ª ed., reimpr. Rio de Janeiro: LTC. Leff, E. (2002) Saber ambiental. Sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes/PNUMA. Santos, B. S. (2007) Para além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. In: Revista crítica de ciências sociais. – Coimbra. Severino-filho, J. e Januário, E. (2011) Os marcadores de tempos indígenas e a etnomatemática: a pluralidade epistemológica da ciência. Revista Zetetiké, v. 19, p. 37-70. Severino-filho, J. (2012) Os marcadores de tempo indígenas e a solidariedade entre o ambiente e os povos que o habitam: um olhar etnomatemático. In: CBEm4 - IV Congresso Nacional de Etnomatemática, Belém, PA.
Proyectos
Cantidad de páginas
8