Um estudo sobre o feedback formativo na avaliação em matemática e sua conexão com a atribuição de notas
Tipo de documento
Autores
Lista de autores
Novôa, Rafael Filipe y Nasser, Lilian
Resumen
As provas com características somativas se constituem no instrumento predominante na avaliação escolar em Matemática. Depois de corrigidas, as provas são devolvidas aos alunos acrescidas de notas ou conceitos. Esses feedbacks avaliativos contribuem pouco para a aprendizagem dos estudantes. Por outro lado, as avaliações formativas caracterizadas por feedbacks mais voltados às aprendizagens parecem utópicas, distantes da realidade do professor. A falta de tempo, o currículo inchado, o desconhecimento de conceitos relacionados à avaliação formativa ou a ausência de autonomia profissional são barreiras para que o docente rompa a cultura do exame tão incorporada nos sistemas escolares. Este artigo é um recorte de uma tese de doutorado sobre avaliação formativa, em que se discute características do feedback formativo, apresentando um modo pragmático de avaliar formativamente. Para isso, foi realizada uma investigação com 51 profissionais e estudantes relacionados ao ensino de Matemática, que corrigiram, atribuíram notas e deram feedbacks para seis soluções distintas de uma mesma questão. Inicialmente, propomos uma distinção entre feedbacks formativos e feedbacks neutros, em seguida, investigamos a conexão entre a atribuição de notas e a qualidade do feedback dos professores. Os resultados nos permitem supor que transformar as provas escolares em avaliações com características mais formativas talvez não seja uma utopia.
Fecha
2021
Tipo de fecha
Estado publicación
Términos clave
Evaluación (nociones) | Modalidades de evaluación | Otro (tipos estudio)
Enfoque
Nivel educativo
Idioma
Revisado por pares
Formato del archivo
Volumen
35
Número
69
Rango páginas (artículo)
1-21
ISSN
19804415
Referencias
BARREIRA, C. M. F. Concepções e práticas de avaliação formativa e sua relação com os processos de ensino de aprendizagem. In: ORTIGÃO, M. I. R. et al. (org.). Avaliar para aprender no Brasil e em Portugal: perspectivas teóricas, práticas e de desenvolvimento. v. 1. Curitiba: CRV, 2019. p. 191-218. BARRY, V. J. Using Descriptive Feedback in a Sixth Grade Mathematics Classroom. Action Research Projects. 9. Nebraska-Lincoln. 2008. Disponível em: https://digitalcommons.unl.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1006&context=mathmidactionresearch BORASI, R. Using errors as springboards for the learning of mathematics: an introduction. Focus on Learning Problems in Mathematics, Framingham, v. 7, n. 3-4, p.1-14, 1985. BORRALHO, A.; CID, M.; FIALHO, I. Avaliação das (para as) aprendizagens das questões teóricas às práticas de sala de aula. In: ORTIGÃO, M. I. R. et al. (org.). Avaliar para aprender no Brasil e em Portugal: perspectivas teóricas, práticas e de desenvolvimento. v. 1, Curitiba: CRV, 2019. p. 219- 240. BURIASCO, R. L. C. Algumas considerações sobre avaliação educacional. Estudos em avaliação educacional, São Paulo, v. 11, n. 22, p. 155-178, 2000. BURIASCO, R. L. C.; FERREIRA, P. E. A.; CIANI, A. B. Avaliação como prática de investigação: alguns apontamentos. Bolema, Rio Claro, v. 22, n. 33, p. 69-96, 2009. BLACK, P.; WILIAM, D. Inside the Black Box: Raising Standards through Classroom Assessment. The Phi Delta Kappan, Bloomington v. 80, n. 2, p. 139-148, 1998. BLACK, P. The nature and value of formative assessment for learning. Improving schools, Edinburgh, v. 6, n. 3, p. 7-22, 2003. BRITTO, L. P. L. Livro didático e autonomia docente. Scripta, Belo Horizonte, v. 6, n. 11, p. 162-170, 2002. CURY, H. N. Análise de Erros: O que podemos aprender com as respostas dos alunos. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. DOLIN, J. et al. Exploring relations between formative and summative assessment. In: DOLIN, J.; EVANS, R. (org.). Transforming assessment. Cham: Springer, 2018. p. 53-80. FERNANDES, D. Avaliar para aprender: fundamentos, práticas e políticas. São Paulo: Editora Unesp, 2009. FERNANDES, D. Para um enquadramento teórico da avaliação formativa e da avaliação sumativa das aprendizagens escolares. In: ORTIGÃO, M. I. R. et al. (org.). Avaliar para aprender no Brasil e em Portugal: perspectivas teóricas, práticas e de desenvolvimeto. v. 1, Curitiba: CRV, 2019. p. 139-164. FORSTER, C. A utilização da prova-escrita-com-cola como recurso à aprendizagem. 2015. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática) – Programa de Pós-Graduação de Ensino de Ciências e Educação Matemática, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2015. HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. MANDARINO, M. et al. Soluções inesperadas na resolução de problemas matemáticos: erro ou acerto? In: INTERNACIONAL COTIDIANO: DIÁLOGOS SOBRE DIÁLOGOS, 2, 2008, Niterói. Anais... Niterói: UFF, 2008. p. 67-86. MARZANO, R.; PICKERING, D.; POLLOCK, J. Classroom instruction that works: Research based strategies for increasing student achievement. Alexandria: Association for Supervision and Curriculum Development, 2001. MENDES, M. T.; BURIASCO, R. L. C. O dinamismo de uma prova escrita em fases: um estudo com alunos de cálculo diferencial e integral. Bolema, Rio Claro, v. 32, n. 61, p. 653-672, 2018. PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. PINTO, J. Avaliação Formativa: uma prática para a aprendizagem. In: ORTIGÃO, M. I. R. et al (org.). Avaliar para aprender no Brasil e em Portugal: perspectivas teóricas, práticas e de desenvolvimento. v.1, Curitiba: CRV, 2019. p. 19 – 44. PIRES, M. N. M.; BURIASCO, R. L. C. Professores dos anos iniciais, a prova em fases e a possibilidade de aprender. Zetetiké, Campinas, v. 25, n. 3, p. 474-495, 2017. TARAS, M. Assessment–summative and formative–some theoretical reflections. British Journal of Educational Studies, London, v. 53, n. 4, p. 466 -478, 2005. TARAS, M. Summative assessment: The missing link for formative assessment. Journal of Further and Higher Education, London, v. 33, n. 1, p. 57-69, 2009. SANTOS, L. Reflexões em torno da avaliação pedagógica. In: ORTIGÃO, M. I. R. et al. (org.). Avaliar para aprender no Brasil e em Portugal: perspectivas teóricas, práticas e de desenvolvimento. v. 1, Curitiba: CRV, 2019. p. 165-190. SANTOS, L. Que critérios de qualidade para uma avaliação formativa? In: FERNANES, D. (org.). Avaliação em educação: olhares sobre uma prática social incontornável. Pinhais: Editora Melo, 2011. p. 155-165. SANTOS, L.;PINTO, J. Ensino de conteúdos escolares: A avaliação como fator estruturante. In: VEIGA, F. H. O ensino na escola de hoje: teoria, investigação e aplicação. Lisboa: Climepsi, 2018. p. 503-539. SCRIVEN, M. The methodology of evaluation. In: TYLER, R. W. (org.). Perspective on Curriculum Evaluation. Chicago: Rand Mc Nally, 1967. p. 39-83. VAZ, R. F. N. Metodologia didática de análise de soluções aplicada no ensino de frações. 2013. 81f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Matemática) – Instituto de Matemática, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. VAZ, R. F. N; NASSER, L.; BELFORT, E. Alunos analisando suas próprias soluções: Adição de frações. Boletim Gepem, n. 65, 2014 VAZ, R. F. N., NASSER, L. Em busca de uma avaliação mais “justa”. Com a Palavra o Professor, v. 4, n. 10, p. 311-329, 2019. WILLIAM, D. Embedded formative assessment. Bloomington: Solution Tree Press, 2011.